• Carne nobre produzida em Mato Grosso do Sul ganha mercado
– Há também a tomada de decisão de se arrendar, ou não, uma parte da propriedade. Mas está difícil com esses preços de bezerros, estão muito altos – declarou.
O coordenador técnico geral do Rally da Pecuária e sócio da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira, ponderou que, para os confinadores investirem na atividade, ainda vale a pena, pois os custos, no geral, estão mais favoráveis do que os do ano passado.
– Esperávamos encontrar os produtores de recria e engorda de Mato Grosso do Sul desestimulados por conta de preços dos animais de reposição. Fica essa expectativa de até onde vão parar as cotações – ressaltou.
Já os produtores de cria estão mais animados com a melhor remuneração e o momento é favorável para que outros empresários comecem a investir no negócio.
Abate “precoce”
O especialista também comentou que no levantamento de informações das fazendas sul-matogrossenses, constatou-se a tendência da mudança na estrutura de rebanho. Segundo ele, os animais mais velhos e pesados estão diminuindo e o abate está ocorrendo mais cedo (a média de tempo de vida dos animais era de 40 meses e hoje se observa o prazo de 36 meses). As ações são decorrentes do uso intensivo da tecnologia.
– Essas alterações de estrutura do rebanho também mudam a sazonalidade do segmento. Os bois prontos do primeiro semestre estão diminuindo e os do segundo semestre, típica época de entressafra, estão aumentando. Reflexo da melhora da nutrição do gado – explicou.
Com relação às pastagens, embora a amostra tenha sido concentrada na região pantaneira e de fronteira, o efeito da seca não foi tão “drástico” como se tinha imaginado.
– A agricultura no Estado também avançou mais e a integração lavoura-pecuária-floresta está mais presente e é uma tendência na região. Produtor que não está se ‘mexendo’ em termos de tecnologia para aumentar produtividade e rentabilidade, acaba saindo da atividade – ressaltou o especialista.
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