Há sete anos o pecuarista Santos José Gouveia tinha pasto de sobra na fazenda e alugava para os vizinhos. Hoje ele precisa pagar aluguel para ter onde o gado pastar. Na fazenda dele, no município de Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro, a pastagem ficou degradada e uma parte foi atingida pelo fogo. Ele paga R$ 840,00 por mês em uma área de 19 hectares, onde estão 20 cabeças.
O preço do aluguel é cobrado, na maioria das regiões, por cabeça de animal que é colocada na área. Mas depende ainda da idade da rês, que é o que vai determinar a quantidade de alimento que ela necessita. Vaca parida, boi pra engorda são os que saem mais caro. Pasto bom, de fácil acesso e perto da propriedade do inquilino são sempre os mais valorizados.
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A área que Santos alugou fica a 20 quilômetros da sua fazenda. Com o aumento das plantações de cana-de-açúcar, pasto desocupado é coisa rara na região.
O pecuarista Geraldo Valim, que tem propriedade no município de Uberaba, tem 1,5 mil cabeças em áreas alugadas em três municípios diferentes, com até 100 quilômetros de distância da sua fazenda. Segundo ele, essa foi a única forma de conseguir pasto para acomodar todos os animais.
