O milho apresenta uma evolução de 49,67% nas suas cotações de outubro de 2013 para fevereiro de 2014, na média do Estado de Mato Grosso, com preços nominais variando de R$ 10,28 para R$ 15,39, nos meses citados. O grão é componente fundamental para dietas de confinamento de bovinos.
Enquanto isso, no mesmo período, a arroba do boi gordo registrou uma variação positiva de 4,62%, apresentando em outubro de 2013 o valor de R$ 95,08 e R$ 99,48 em fevereiro de 2014. A partir desta análise, verifica-se que o poder de compra do bovinocultor de corte diminuiu significativamente, pois em outubro do ano passado era possível adquirir 9,25 sacas por arroba, já em no mês passado foi possível comprar 6,47 sacas por arroba.
Segundo a análise do Imea, a tendência de alta do milho é forte, mas ainda existe milho disponível no mercado, o que pode gerar oportunidades de negócios aos preços atuais. Porém, os estoques mato-grossenses estão pequenos e a expectativa é que os preços do insumo continuem aumentando, podendo reduzir o poder de compra do bovinocultor de corte e encarecendo a dieta de bovinos terminados no cocho.
Reposição
O boletim do Imea aponta alta em todas as categorias do gado de reposição no Estado. Dentre essas categorias se destaca a bezerra de ano, que em fevereiro obteve preço médio de R$ 590,80 por cabeça, contra R$ 475,03 por cabeça e em fevereiro do ano passado.
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Nos bovinos machos, a categoria de destaque é o bezerro de ano, que apresentou valorização de 20,23% na comparação anual, partindo de R$ 695,49 a cabeça em fevereiro do ano passado para R$ 836,18 neste ano. Segundo o Imea, um dos motivos dessa alta no gado de reposição é o aumento no preço da arroba do boi gordo que, no período analisado, apresentou alta de 17,80%, saindo de R$ 84,83 em fevereiro de 2013 para R$ 99,93 neste ano.
Exportação
A divulgação dos dados de exportações realizada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) demonstrou uma queda na receita e volume de miúdos bovinos. Para se ter uma ideia, em dezembro a receita foi de US$ 7,10 milhões, já em janeiro deste ano foi de US$ 6,36 milhões, variação negativa de 10,41% no período.
Em relação ao volume exportado de miúdos bovinos houve queda de 22,57% na comparação mensal. Em dezembro foram exportadas 3,07 mil toneladas de miúdos bovinos e, em janeiro, 2,37 mil toneladas.
Um ponto relevante no mês de janeiro, constatado também com a receita da carne in natura, foi o registro do melhor janeiro da história para a receita com as exportações de miúdos bovinos. Neste contexto, quando se compara o melhor resultado anterior, em janeiro de 2013, nota-se que a receita evoluiu 6,90%, saindo de US$ 5,95 milhões naquele mês para US$ 6,36 milhões em janeiro deste ano.
