Preço do boi gordo sobe R$ 14 em agosto

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Flavia Fiorini/ Embrapa

Boi
O mercado físico teve preços do boi gordo mais altos em quase todas as regiões produtoras. A  oferta de animais terminados permanece bastante restrita e a expectativa é que esse movimento persista no curto prazo. O aumento do custo do frete também justifica este movimento. A alta pode se tornar ainda mais consistente durante a primeira quinzena de setembro.

De acordo com a Scot Consultoria, os preços do boi gordo na região de Araçatuba (SP) e Barretos (SP) já subiram R$ 14 desde o início de agosto. Os valores saíram de R$ 124 a arroba no dia primeiro e seguem cotados a R$ 138 nesta quarta-feira, dia 23.

Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. A expectativa é pela retomada do movimento de alta durante a primeira quinzena de setembro, período que conta com maior apelo ao consumo. No entanto, a concorrência entre as principais proteínas de origem animal permanece acirrada.

Soja
Os contratos da oleaginosa na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o dia em alta no grão e no óleo, e mistos no farelo. Nas posições spot os ganhos foram de 0,13% no grão e 1,93% no óleo, e perdas de 0,67% no farelo. No Brasil o dia foi de lentidão na comercialização. A queda da moeda norte-americana reduziu os preços da soja no Paraná. Veja a opinião de cinco analistas sobre os rumos das cotações da soja.

O mercado internacional encontrou uma sustentação nos preços após os Estados Unidos decidir que vai taxar as importações de biodiesel da Indonésia e da Argentina. Esse fato garantiu a alta do óleo, que subiu quase 2%, o que também influenciou o grão. No entanto, o anúncio do cancelamento de vendas de quase 600 mil toneladas de soja americana para a China limitou esses ganhos lá fora, mesmo com a venda de 300 mil toneladas da oleaginosa para destinos não revelados.

O mercado segue acompanhando o tour realizado pelas lavouras das nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos. Em Nebraska, por exemplo, a safra está se desenvolvendo pior neste ano. A contagem de vagens da soja chega a 1.131,02 em uma área de 3×3 pés (cerca de um metro quadrado). O número está abaixo da média dos últimos três anos. No ano passado, o crop tour estimou a contagem de vagens nesta região em 1.223,07.

Em Indiana, a contagem de vagens da soja chega a 1.168,78 em um metro quadrado. Significa uma alta de 0,4% ante a média dos últimos três anos. No ano passado, o crop tour estimou a contagem de vagens em 1.178,4. 

A leitura dos analistas é que, até agora, os números divulgados desse crop tour não surpreenderam e nem decepcionaram. As informações podem ser consideradas neutras.

Dólar
A aprovação da taxa de longo prazo (TLP) e o anúncio do governo de que colocará 57 empresas, entre elas participações em aeroportos e a Casa da Moeda, para privatização, pressionou a moeda norte-americana para baixo. Durante o dia o dólar comercial chegou a mínima de R$ 3,135 e a máxima de R$ 3,172 para no final da quarta-feira terminar negociado a R$ 3,144 com queda de 1,10%.

Milho
O milho na bolsa de Chicago registrou preços mais baixos. O mercado não consolidou a tentativa de recuperação esboçada no início do dia e reverteu ao território negativo. Além disso, os investidores digerem os números do crop tour, que atestaram lavouras melhores do que a média dos últimos três anos em Indiana e Nebraska.

As lavouras em Nebraska, no centro-norte dos Estados Unidos, estão se desenvolvendo melhor neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos. A produtividade do milho está estimada em 172,61 sacas por hectare. No ano passado, o rendimento médio foi projetado em 165,28 sacas por hectare.

Em Indiana a produtividade média deve ficar em 178,88 sacas por hectare, ante a média de 174,70 sacas por hectare nos últimos três anos. No ano passado, o rendimento médio havia sido estimado em 180,97 sacas por hectare.

A expectativa agora é em relação aos números de produtividade em Iowa e Illinois, uma área crítica que pode ser decisiva para a cultura.

Aqui no Brasil o mercado brasileiro teve um dia de preços de milho fracos em São Paulo e de firmeza nas demais regiões. Houve registro de negócios, porém com baixo volume, diante da baixa fixação por parte do produtor. A próxima semana será um teste importante devido ao vencimento de dívidas pelo lado dos agricultores. A expectativa de alguns analistas é que o preço não fique melhor do que está.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) teve mais um dia de queda. Esta foi a oitava sessão de baixa para o grão lá fora e o mercado se manteve abaixo da linha dos U$S 130 cents por libra-peso.

O mercado físico seguiu travado na terça-feira. O mau humor do mercado para os preços do café paralisou os negócios e a queda do dólar não alterou muito os preços no físico. Apesar disso, o preço do grão caiu mais de R$ 20 reais em uma semana, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Previsão do tempo
Áreas de instabilidade já causam pancadas de chuva e raios no Uruguai, mas sobre sul do país só aumenta a nebulosidade, principalmente no sul e oeste do Rio Grande do Sul. No Amazonas, Pará, Roraima e oeste do Amapá as chuvas são mais fortes e acompanhadas por várias descargas elétricas, por conta do calor e umidade. 

No entanto, o destaque vai para a chuva fraca e constante sobre a faixa leste do Nordeste, onde os acumulados em 24 horas chegaram a passar dos 40 milímetros no litoral sul da Bahia, sendo a maior valor registrado até o momento no país. Lembrando que essa precipitação é influenciada pelos ventos úmidos que vem do mar. Já as menores temperaturas ocorrem neste momento sobre a Serra da Mantiqueira, que fica nas divisas de São Paulo com Minas Gerais.

Sul
Nesta quinta-feira, dia 24, tempo fica firme na maior parte do Paraná, Santa Catarina e metade norte gaúcha, com temperaturas em elevação tanto pela manhã quanto à tarde. Por outro lado, o tempo segue instável na metade sul do Rio Grande do Sul até o final do dia. Uma nova frente fria que se forma no Uruguai organiza um corredor de umidade da Amazônia e volta a trazer pancadas de chuva para esta área, com condição para acumulados elevados, trovoadas e vento forte nas áreas de fronteira. Ao mesmo tempo, a ação de uma região de alta pressão atmosférica no oceano traz nuvens e umidade para o litoral catarinense e paranaense.

Sudeste
O tempo fica aberto em grande parte do dia no Sudeste, com o fortalecimento de uma massa de ar seco. Isso favorece que a manhã ainda tenha temperaturas baixas e sensação de frio no sul mineiro, mas sem condição para valores extremos. Na parte da tarde as temperaturas sobem em toda região. Com o predomínio de sol a sensação chega a ser de calor em alguns municípios. Já a umidade que sopra do mar contra ajuda a trazer chuva isolada e fraca no norte fluminense, Espírito Santo e leste mineiro.

Centro-Oeste
Mesmo com alguma cobertura de nuvens a condição para chuva é pequena no Centro-Oeste por conta da intensificação de uma massa de ar seco sobre o interior do país. Apenas nas áreas de Mato Grosso mais próximas a Rondônia é que tem alguma chuva isolada. Na maior parte do Centro-Oeste, o tempo fica firme e com umidade relativa do ar caindo no período da tarde para valores abaixo dos níveis críticos. A sensação de calor aumenta bastante no decorrer do dia em todos os estados.

Nordeste
Pouca coisa muda nas condições do tempo no Nordeste do Brasil. O sol predomina na maior parte do dia no interior da região e o dia continua com tempo seco e quente. Por outro lado, áreas de instabilidade organizam nuvens e chuva para o litoral leste e o agreste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte. Nestas áreas, a temperatura da tarde não consegue subir muito. Há condição para chuvas em forma de pancadas também para o norte do Maranhão, mas de maneira mais passageira.

Norte
O tempo não se altera no Norte, que continua com sensação de tempo abafado, formação de nuvens carregadas e chuvas com trovoadas no Amapá, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e grande parte do Pará. Aliás, no Pará a chuva é mais forte em áreas do noroeste do estado. No Tocantins, além do tempo seco e das temperaturas muito elevadas, aumenta a condição para o aumento do número de queimadas. Já faz mais de 150 dias que não chove no sul do estado.