Preço do boi gordo subiu de R$ 124 para R$ 140 em agosto

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Pexels

Boi
O mercado físico teve preços do boi gordo acentuadamente mais altos, com a maior parte dos frigoríficos inclusive apontando para valores acima das referências indicadas. De acordo com a Scot Consultoria, ainda há negócios por R$ 1 ou R$ 2 por arroba acima da referência em quase todas as praças do país. Na medida em que a necessidade de compor escalas de determinada indústria, em determinado dia, é maior, ou aparecem lotes melhores, os compradores não hesitam em elevar os preços para não perder o negócio.

A oferta de animais terminados é muito limitada. Com isso, a dificuldade para a compra de gado por parte dos frigoríficos é cada vez maior, enquanto as escalas de abate dificilmente ultrapassam três dias úteis. A expectativa é que esse quadro não sofra grande alteração no curto prazo. “O viés permanece de forte alta”, enfatizou o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

As cotações da Scot indicam que o valor da arroba do boi gordo saíram de R$ 124, no pagamento à vista, em Araçatuba (SP) e Barretos (SP) no dia primeiro de agosto e foram para R$ 140,50 no fechamento desta quarta-feira, dia 30.

Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado após a valorização da terça-feira, dia 29. Há uma chance dos valores subirem porque os estoques estão enxutos e a primeira quinzena do mês está chegando, com o usual repique de consumo.

Dólar
No mercado cambial os investidores continuam atentos ao impasse político entre os Estados Unidos e Coréia do Norte. A queda nas commodities, puxada pelo tombo no petróleo, também favoreceu essa recuperação do dólar frente às moedas emergentes. 

A economia norte-americana deu sinais de melhora através dos dados do produto interno bruto (PIB), que subiu 3% no segundo trimestre e ficou acima do esperado. Mas mesmo assim ainda prevalece a cautela no mercado. Isso porque a falta de robustez nos dados de emprego junto aos da atividade econômica também sustentam a perspectiva de que o Federal Reserve (FED), que é o banco central americano, não irá mexer na taxa de juros, pelo menos, até o final do ano. Isso ajudou a segurar o movimento de valorização do dólar. 

Aqui dentro as questões que mexem com a dívida pública no futuro continuam preocupando, pois afetam a decisões de investimento em prazos mais longos. O pacote de privatizações e a Taxa de Longo Prazo (TLP) para os contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deram algum respiro. No entanto, ainda falta a definição em torno da reforma da previdência. O fato é que a questão fiscal interna ajuda a manter o “prêmio de risco” elevado e o real depreciado em relação às outras moedas. 

O dólar fechou com baixa de 0,06%, a R$ 3,162 para a venda.

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a quarta-feira em queda pelo quarto dia consecutivo. O mercado ainda reflete a expectativa de safra recorde, estimada tanto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como pela Pro Farmer. 

Em relação ao clima, alguns modelos meteorológicos americanos apontam queda nas temperaturas em áreas do cinturão já para os primeiros dias de setembro. Em algumas regiões como nos estados produtores do norte podem ser registradas temperaturas de até 5 graus. Alguns analistas estão céticos em relação aos efeitos que essa onda de frio pode gerar no desenvolvimento das lavouras americanas. Já outros acreditam em uma pequena possibilidade de repiques nos preços.

Segundo a consultoria AgResource, o mercado agora se concentra no próximo relatório do USDA, no dia 12 de setembro. A questão-chave para o movimento dos preços no curto e médio prazo será a possibilidade do órgão americano trazer números de produtividades menores em setembro, ou apenas em outubro. 

Aqui no Brasil o mercado ficou calmo nas diversas praças de comercialização do país. Com preços da soja pouco atrativas, o produtor rural não está negociando a safra. Houve registro de vendas apenas em Dourados (MS).

Milho
Os contratos do milho em Chicago tiveram um dia de queda nos principais vencimentos em vigência. O mercado ainda avalia a boa condição das lavouras no meio oeste norte-americano e o início da colheita. Com uma produção e uma produtividade estimadas em bom nível é aguardada uma maior pressão de oferta sobre os preços locais no curto e no médio prazo.

Já o mercado brasileiro de milho permanece com problemas de abastecimento, que tem afetado duramente diversos estados. Ainda há grande volume do grão a ser comercializado e com os preços do produto brasileiro acima dos da Argentina e dos Estados Unidos não há uma perspectiva tão positiva para as exportações no médio prazo. Veja os preços do milho na sua região.

Café
As cotações do arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) caíram acompanhando o petróleo e outras commodities. A firmeza do dólar contra outras moedas foi outro fator notado como negativo lá fora. Além disso, a expectativa de uma grande safra brasileira no próximo ano se mantém como aspecto baixista na bolsa. 

O mercado interno continua em ritmo lento, com poucos negócios. No movimento desta quarta-feira, predominou a comercialização de cafés mais fracos, como vem se observando nos últimos dias. Já os mais finos, de peneira graúda e catação melhor, ainda estão com preços pouco atrativos. O produtor rural prefere aguardar novos picos de alta nos preço do café ou conforme a necessidade, por isso oferta segue curta. 

De acordo com a Safras & Mercado, 97% da safra já foi colhida, contra 94% da semana anterior. Na maioria dos casos, restam apenas as operações de varreção nas propriedades. E, com os trabalhos chegando ao fim, pode-se ter uma melhor noção da qualidade e do tamanho da safra.

Previsão do tempo
Uma frente fria em alto mar na altura da região Sul causou a mudança de ventos, ocasionando a queda de temperatura. Também há muita nebulosidade desde o Rio Grande do Sul até São Paulo, mas não chove. Onde o vento ainda não virou, a sensação é de tempo abafado. Isto vale para todo o Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste, Tocantins e Pará, onde o dia começa com céu aberto. Nas demais áreas, há pancadas de chuva isoladas.

Sul
Nesta quinta-feira, dia 31, apenas o leste do Paraná e litoral norte de Santa Catarina é que ficam com tempo instável, por conta da umidade que vem do mar contra a costa, e há nebulosidade e eventual chuva fraca. Trata-se de uma região de alta pressão atmosférica no oceano, que também deixa o mar agitado. Além disso, a temperatura da tarde não sobe tanto quanto em dias anteriores. Por outro lado, no interior da região o tempo fica firme e apenas com poucas nuvens ao longo do dia. No Rio Grande do Sul e na serra catarinense, depois de uma manhã mais gelada, a temperatura fica mais agradável durante a tarde.

Sudeste
A rápida passagem de uma frente fria, bem afastada da costa, organiza nebulosidade e favorece chuva fraca no litoral e região metropolitana de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Nestas áreas as temperaturas ficam bem mais baixas do que no dia anterior, com declínio entre 5°C e 10°C. Já no interior do Sudeste, o tempo continua bastante firme e ainda muito quente e seco, embora não se descarte a ocorrência de rajadas de vento. A agitação marítima aumenta na costa de São Paulo ao longo do dia.

Centro-Oeste
Os ventos voltam a soprar de sul e deixam a manhã um pouco mais fresca em Mato Grosso do Sul e sul de Goiás, porém sem fazer muito frio. Há condição para rajadas de vento ao longo do dia. O sol predomina com força e garante mais uma tarde de calor e tempo seco, com índices perto dos 12% no interior da região. Já são mais de 150 dias sem chuva entre Distrito Federal, norte de Goiás e leste do Mato Grosso. Segundo a Somar Meteorologia, o Centro-Oeste está com umidade do ar igual a de regiões desérticas.

Nordeste
A ação de uma região de alta pressão atmosférica no interior do país garante tempo firme também no estado da Bahia, e mesmo no litoral já não há previsão de chuva. Todo o interior do Nordeste continua com muito sol, umidade relativa do ar baixa e risco para queimadas. As poucas áreas de chuva fraca, associadas a ventos úmidos do mar, se concentram à noite de forma fraca entre a costa de Sergipe e o Rio Grande do Norte.

Norte
A chuva continua a atuar no Acre, norte de Rondônia e sul do Amazonas, com trovoadas. Até o final do dia chove também em Roraima, norte do Pará e Amapá. Já no Tocantins, a umidade relativa do ar fica baixa e o sol predomina. As temperaturas se aproximam dos 40°C na capital Palmas (TO).