Para o consumidor, depois de um aumento de mais de 50% no preço de alguns cortes em 2010, o valor se mantém estável. O principal motivo da oscilação, segundo especialistas, é a carne importada do Uruguai, principal fornecedor de cortes ovinos do Brasil. Até o fim do ano passado, quando o país vizinho começou a exportar para Estados Unidos, Canadá e Europa, os uruguaios forneciam de 15 mil a 20 mil toneladas de carne de cordeiro para o mercado brasileiro.
– Só no primeiro semestre de 2011, entrou 33% menos carne ovina em relação ao mesmo período do ano passado. O preço disparou – afirma Marlise Germer, consultora do programa Cordeiro de Qualidade, parceria entre a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Em novembro passado, o Uruguai voltou a enviar carne ao Brasil e, desde então, o preço só caiu. Conforme o presidente da Arco, Paulo Schwab, a associação deve se reunir com representantes da indústria para renegociar valores.