No Paraná, os produtores estão recebendo 13,5% a menos do que a média de setembro do ano passado. A queda foi de 5% só na última semana, quando o quilo do suíno em pé esteve cotado a R$ 2.
No Rio Grande do Sul, o preço médio pago aos produtores caiu 19% em agosto. Na primeira semana de setembro, o preço do quilo ficou abaixo de R$ 2.
Os valores são tão baixos que não cobrem os custos de produção. Para a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a retomada de preço virá com a ajuda das vendas para o exterior. Mesmo com o embargo russo, o Brasil tem aumentado os negócios com os outros países.
? O que tem mostrado esses últimos dois meses é que o mercado interno tem absorvido facilmente os excedentes que não foram para a Rússia. Isto demonstra que não existe estoque, que os volumes comercializados internamente são maiores do que os observados no mesmo período do ano passado ? ressalta o diretor executivo da Abipecs, Jurandir Machado.
A Associação dos Criadores Gaúchos (Acsurs) acredita que o Brasil precisa reforçar as negociações com o governo russo. Mas comemora os números mais positivos desta primeira quinzena do mês.
? O que se observa agora, nesta semana que nós estamos entrando, é que o preço do quilo do suíno vivo, principalmente no centro do país, São Paulo, que é um grande centro consumidor, tem reagido relativamente bem. Então traz aí uma expectativa ao produtor de uma recuperação de preço, mesmo que tímida ainda, mas reduzindo um pouco aquela margem de prejuízo que o produtor estava tendo ? relata o presidente da Acsurs, Valdecir Folador.