O mercado físico do boi gordo registrou uma semana de cotações mais acomodadas, de estáveis a mais baixas, nas principais praças de comercialização do Brasil.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a movimentação cambial ao longo da semana, com a valorização do dólar frente ao real, afastou os pecuaristas dos negócios, acreditando que os animais poderão trabalhar com um maior potencial de alta nos preços no curto prazo.
Iglesias detalha que o fato de as exportações de carne bovina estarem superando totalmente as expectativas em 2024, com grande volume de produto embarcado, ajuda a evitar que o preço da arroba do boi venha a ter quedas ainda maiores, em um ano pautado pela significativa quantidade de animais ofertados no mercado.
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 13 de junho:
- São Paulo (Capital): R$ 215, estável frente à semana passada;
- Goiás (Goiânia): R$ 197, estável perante a semana anterior;
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 208, queda de 0,95% frente aos R$ 210 do fechamento da última semana;
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 210, retração de 2,33% frente aos R$ 215 da semana passada;
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 209, sem mudanças frente à última semana;
- Rondônia (Vilhena): R$ 185, sem mudanças frente à semana passada
Boi no atacado
Iglesias destaca que o mercado atacadista se deparou com preços acomodados no decorrer da semana e o ambiente de negócios ainda sugere por pouco espaço para reajustes no curto prazo.
A primeira quinzena do mês foi pautada pela estagnação nos preços, muito embora a carne bovina tenha ganho competitividade no comparativo com a carne de frango, cujos preços avançaram no mercado doméstico.
O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.
Exportações de carne
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, renderam US$ 258,467 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 51,693 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 57,944 mil toneladas, com média diária de 11,588 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.460,60.
Em relação a junho de 2023, houve alta de 11,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 26,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).