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CENÁRIO DA PECUÁRIA

Preço do boi gordo cai em fevereiro: tendência ou oscilação normal? Entenda

O especialista Alcides Torres, da Scot Consultroria, explica os fatores que influenciam o mercado e as perspectivas

boi, integração lavoura-pecuária
Foto: Gabriel Faria/Embrapa

O mercado pecuário enfrenta uma queda nos preços da arroba do boi gordo, reflexo do aumento da oferta e do consumo interno abaixo do esperado. Em São Paulo, a arroba caiu para R$ 315, enquanto o “boi China” segue sendo negociado a valores mais altos. Segundo o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, esse movimento já era esperado para fevereiro, após um mês de janeiro com preços em alta devido à menor oferta durante o período de férias.

Torres afirma que o mercado interno está mais desaquecido, mas as exportações seguem em bom ritmo. Apesar das recentes tensões comerciais com a China, que abriu uma investigação alegando possível prática de dumping pelo Brasil, as compras do país asiático permanecem firmes. Com o fim das festividades do Ano Novo Chinês, a demanda tende a crescer, impulsionando os embarques e trazendo maior liquidez para o setor.

O especialista também destaca que a maior parte da oferta atual é composta por fêmeas descartadas. Um reflexo do atraso na estação de monta causado pela seca severa do ano passado.

Essa maior disponibilidade de boiadas tem pressionado os preços no mercado interno. No entanto, a tendência para o setor é a consolidação de um novo padrão de abate, com animais mais jovens, de até 30 meses, como preferido pelo mercado exportador.

Para os pecuaristas que adotam esse padrão, há oportunidades de maior rentabilidade, segundo Torres, pois o gado abatido mais cedo permite maior giro na fazenda e melhor aproveitamento das áreas de pastagem. Essa estratégia já é amplamente adotada em setores como a soja e o milho, e a pecuária de corte caminha para essa mesma direção.

Em relação ao confinamento, Torres avalia que o momento é favorável para quem administra bem os custos. Com a queda nos preços dos insumos, principalmente na reposição de bovinos, a margem de lucro dos confinadores está positiva.

O sistema intensivo de criação também auxilia na produção de animais precoces, alinhados ao padrão exigido pelo mercado internacional.

Diante desse cenário, pecuaristas devem monitorar as oscilações do mercado e buscar estratégias para se adaptar às novas demandas. Com exportações em alta e o mercado interno ainda instável, a busca por maior eficiência produtiva será essencial para manter a rentabilidade no setor.

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