O preço elevado, segundo pesquisadores do Cepea, é reflexo da baixa oferta de leite no campo, que acirrou a disputa pela matéria-prima entre as indústrias de laticínios. O recuo mais expressivo na captação em abril ocorreu na Região Sul (5,5%), por causa da escassez de alimento para os animais. Além disso, as chuvas que eram esperadas para abril/maio chegaram somente agora, no fim de maio, o que atrasou a semeadura das pastagens de inverno.
Para os próximos meses, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas é que os preços continuem firmes ou mesmo em alta. Mais da metade dos compradores ouvidos pelo Cepea (55,1%), que representam 51,6% do leite amostrado, acredita que haja no aumento no pagamento de junho e 43,6% (que representam 48,1% do volume captado) indicam estabilidade de preços. Somente 1,3% dos agentes acreditam em queda para junho.
O levantamento do Cepea mostra que o preço bruto pago ao produtor em maio no Estado de Goiás continuou sendo o maior entre os Estados que compõem a “Média Brasil”, com o litro cotado a R$ 1,0351, alta de 1,5% em relação a abril (1,5 centavo/litro). O segundo maior preço foi registrado em Minas Gerais, onde a média foi de R$ 1,0069/litro, acréscimo de 3,6% (ou 3,5 centavos/litro). Na sequência, o Estado de São Paulo teve reajuste de 4% (3,8 centavos), com o litro a R$ 0,9956.