A demanda para o período, em que a carne suína costuma ser uma das atrações principais, é um dos motivos que explica a elevação do preço pago ao produtor. Mesmo com a projeção de reajuste para o consumidor, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, estima que as vendas cresçam 15% em relação ao fim de 2011:
– O consumidor está disposto a pagar, e o preço ainda está acessível.
Além do mercado interno, o crescimento nas exportações é considerado pelos produtores como outro fator positivo para a reação. Em outubro, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), foram enviadas 61,74 mil toneladas para o Exterior, 33,4% a mais do que igual período de 2011.
No entanto, segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, a alta dos preços foi acompanhada pelo aumento dos custos. Conforme pesquisa mensal da Embrapa, o valor para a produção do suíno é de R$ 2,90 o quilo, enquanto em junho, considerado o período mais crítico da crise, era de R$ 2,50.
– Tivemos a quebra da safra aqui no Estado, o que nos levou a trazer milho do Centro Oeste, e isso impactou nos custos de produção. O produtor está recebendo uma pequena margem de R$ 0,05 por quilo, o que mal dá para pagar as dívidas – alerta Folador.