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Em Cosmópolis, no interior de São Paulo, a oferta está abaixo da demanda. Segundo o pesquisador do Cepea Augusto Maia, o valor do quilo vivo do suíno no mês de junho foi de R$ 3,50. No mesmo período do ano passado, o valor variou entre R$ 2,77 e R$ 2,99.
– A gente veio de anos ruins para o suinocultor e este comportamento fez com que o pessoal ajustasse a produção nos últimos anos. Como essa produção já entrou limitada em 2014 e tivemos quebra de oferta na safra de bovinos, a população migrou para suína. Assim, somada à produção mais ajustada, o preço do suíno vivo, carcaça e cortes subiram em 2014 de uma maneira geral – explica.
O suinocultor Ricardo Pereira está vendendo o quilo vivo do suíno por R$ 3,68 e o custo de produção é de R$ 3,45, uma margem apertada de lucro.
– Em janeiro, estávamos vendendo o animal a R$ 4,00. Depois, começou uma queda muito grande. Ao mesmo tempo, começamos a enfrentar uma seca e um aumento do custo elevado tanto para soja quanto para o milho, que representam 90% do custo da produção. Além disso, os fretes subiram muito em função de colheitas. Somos um mercado volátil, os preços caem constantemente e não tem como saber por quanto vai vender nos meses seguintes – diz o produtor.
Segundo o pesquisador do Cepea, os preços devem se manter estáveis até o final do ano.
– Com a entrada do inverno, se tem um bom consumo de suínos. A oferta de boi terminado não é grande. Vai ter entrada de confinamento, mas com um volume que não deve dar giro no mercado. Outro fator que ajuda a dar firmeza no mercado são as exportações, que vêm caminhando bem tanto suíno e frango, em alguns casos, têm quedas mensais, mas as cotações estão firmes – conclui.