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Preço do suíno segue alto e expectativa é de estabilidade até o fim do ano

De acordo com o Cepea, o preço médio nacional pago ao produtor está entre R$ 5,60 e R$ 5,80 o quiloO preço do suíno está em alta. O valor passou a subir já no fim do ano passado e a expectativa é de estabilidade. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços mudaram em função da falta de animais para consumo.Para acompanhar o mercado, o produtor Ricardo Pereira de Mello, do interior de São Paulo, fez uma tabela com os valores que recebe desde agosto de 2013.

– Tínhamos R$ 62,00, R$ 64,00, e temos, agora, R$ 84,00 [pela arroba]. Tivemos um aumento, mas quando você presta atenção, vê que em setembro foi para R$ 71,00, em novembro caiu para R$ 73,00, em dezembro chegou a R$ 78,00 e, em janeiro, chegou a R$ 80,00. Logo em seguida, em fevereiro, caiu para R$ 61,00 – relata o suinocultor.

De acordo com o Cepea, o preço médio nacional pago ao produtor está entre R$ 5,60 e R$ 5,80 o quilo. Em arroba, o valor chega a R$ 87,00 – cerca de 25% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.

Com a demanda contundente e baixa oferta de animais, o mercado segue bem ajustado, até porque o preço das carnes concorrentes, principalmente a bovina, está em um patamar nem alto, o que eleva a procura por suínos e aves.

– Agora, com o mercado russo habilitando novas plantas e se mostrando mais apto para importar carne suína, o mercado voltou a subir, mostrando poder altista daqui para frente – destaca o analista de suínos do Cepea Augusto Maia.

O produtor Ricardo vai encaminhar novos lotes para o abate na próxima semana. Os animais nasceram em março e tiveram um custo de produção de R$ 77,00 a arroba. Hoje, para criar novos suínos, o valor caiu para R$ 66,00. A queda é explicada pelo recuo do preço do milho. Em março, a saca custava em torno de R$ 36,00. Agora, o valor subiu para R$ 24,50.

– Não podemos comparar quanto custa hoje para você produzir uma arroba e por quanto você vende, porque o que você está produzindo hoje não se vende por esse preço, você vai vender daqui cinco, seis meses. E por quanto você vai vender daqui cinco ou seis meses? Aí ninguém sabe – diz o produtor

O analista lembra que a época de maior consumo se aproxima. Por isso, o mercado deve se manter ajustado até o fim do ano.

– Temos as festas de fim de ano, período em que o pessoal mais consome carne suína dentro do calendário. A indústria vai comprando animais durante o semestre para abater e deixar estocado, para pegar esse momento de melhor consumo e não ter que pagar pelos animais naquele momento. Então, eles já começam a comprar antes e isso faz com que o mercado se mantenha bem ajustado com relação ao mercado externo – pontua o analista

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