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Preço do suíno tem queda de até 38% em regiões produtoras

Representantes do setor acreditam que preços devem voltar a subir a partir de marçoA demanda interna enfraquecida e as menores exportações intensificaram as quedas de preços da carne suína no mercado brasileiro. Em São Paulo, o valor da carne do animal já registra quedas de 38%.

No início de fevereiro, o movimento no Brasil ainda é de queda intensa nos preços. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o nível elevado de estoques, causado pelos menores embarques, tem feito com que indústrias sulistas (maiores exportadoras) realoquem seus produtos em outros Estados do país a preços menores.

Apesar dos prejuízos, a expectativa dos especialistas é de que essa queda seja revertida a partir do mês de março, quando aumenta o consumo de carne suína em todo país. Outra boa perspectiva, de acordo com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), é a retomada das exportações para a Rússia.

São Paulo

Janeiro é uma época em que a demanda pela carne suína diminui no país. Por conta disso, em São Paulo a cotação do produto recuou 38% em comparação ao mesmo período do ano passado. Nas granjas de produção de suínos, no interior do Estado, os produtores estão em alerta. O preço da arroba, que antes do Natal era R$ 102, em média, agora caiu para R$ 65. Queda de 36%.

Paraná

Os preços do quilo do suíno vivo na região de Toledo, no Paraná, tiveram uma queda de 15% a 30% desde janeiro deste ano. O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Sérgio Barbian, explica que este é um movimento normal e já esperado pelos suinocultores, pois a época é caracterizada por um momento em que o consumidor tem sua renda comprometida com outros gastos adicionais.

Em 2014, os preços chegaram a R$ 5 o quilo devido à grande demanda pelas festas de fim de ano e o produtor que tinha o suíno disponível vendeu sua produção. Hoje, os preços estão variando entre R$ 3,20 e R$ 3,40 e a expectativa é de uma recuperação no mercado a partir março, após o carnaval.

Rio Grande do Sul

No Estado gaúcho os produtores também estão sofrendo com a queda dos preços. A situação só não é pior porque os custos de produção estão mais baixos. O quilo do animal vivo, que no mês de dezembro foi comercializado a R$ 4,26, em média, caiu para R$ 3,56 em janeiro, uma queda de 16,5% na comparação com o mesmo período de 2014.

A queda do valor pago só não foi mais sentida pelo suinocultor, pois o custo de produção também teve redução. O milho e o farelo de soja, utilizados na composição da ração dos animais, garantiram ao produtor fechar o primeiro mês do ano sem prejuízos.

O presidente da associação dos criadores de suínos do Rio Grade do Sul (ACSURS), Valdecir Luis Folador, também acredita que a recuperação aconteça a partir do mês de março.

– Os meses de janeiro e fevereiro são mais complicados na questão de preços, principalmente em função de férias e carnaval. O consumo da carne suína no mercado interno acaba tendo uma trava: consumo é menor. As exportações começam mesmo a partir de fevereiro e março, o que deve recuperar o setor – salienta.

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