O Indicador do Suíno Cepea/Esalq apresentou recuo de 20% no suíno vivo comercializado em São Paulo no mês passado ante fevereiro, para, em média, R$ 2,44 o quilo. Outra queda significativa foi a do suíno vivo vendido em Minas Gerais, que diminuiu 18,4%, para R$ 2,64 por quilo. No Paraná, o recuo foi de 14,6%, para R$ 2,27; no Rio Grande do Sul, os preços passaram para, em média, R$ 2,23 (-14,2%), e em Santa Catarina, R$ 2,22 (-12,1%).
Com relação à carcaça comum suína comercializada no atacado de São Paulo, a desvalorização no decorrer de março foi de 9,5%, para R$ 3,72 o quilo, e a da carcaça especial, de 13,9%, para R$ 3,99, em média. O pernil com osso também teve queda acentuada, de 12,4%, para R$ 5,50, em média.
De acordo com os técnicos do Cepea, o movimento de queda nos preços da proteína acontece desde janeiro, mas se sustentaram em fevereiro e voltaram a cair em março, diferentemente do ano passado, quando após o carnaval as cotações se valorizaram e seguiram assim até meados de maio.
Relação de troca
Mesmo com a queda nas cotações do milho, a desvalorização do animal vivo implicou em perda do poder de compra do suinocultor em março. Conforme levantamento do Cepea, na região de Campinas (SP) a perda foi de 13,7% e, em Chapecó (SC), de 16,7%. No final de março, com a venda de um quilo de animal vivo o suinocultor conseguia comprar 4,92 quilos de milho (SP) e 4,19 quilos (SC). No final de fevereiro, o produtor comprava 5,7 quilos na região paulista e 5,03 quilos na catarinense.
Já com relação ao farelo de soja, que, em média, teve alta de 7% no mês passado, o recuo no poder de compra foi de 25,3% na região paulista e de 24,2% na catarinense. No final de fevereiro, com a venda de um quilo do animal, o produtor conseguia comprar 5,7 quilos de farelo em Campinas (SP) e 5,03 quilos em Chapecó (SC). Essas relações passaram para 3,04 quilos na praça paulista e 2,49 quilos na catarinense ao final de março.
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