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Preços baixos e alto custo de produção preocupam suinocultores do Sul do país

No RS, produtor está ganhando R$ 0,34 a menos pelo quilo do suíno vivoOs criadores de suínos do Sul do Brasil mostram insatisfação em relação a atual situação do setor. A última pesquisa referente ao preço pago ao suinocultor do Rio Grande do Sul indicou que o valor médio pelo quilo vivo do suíno é de R$ 2,02 ao produtor independente, enquanto que o integrado recebe o valor de R$ 1,90.

No ano passado, no mesmo período, os valores médios eram de R$ 2,36 (independente) e R$ 2,00 (integrado), apresentando diferença negativa de 2011 para 2012. Os dados são da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).

Enquanto isso, o custo de produção aumentou. Atualmente, o preço médio do saco de milho é de R$ 25,69. Há um ano, já elevado, o valor era de R$ 24,42, subindo 5%.

– É a realidade que o suinocultor está vivendo. A desvalorização do preço pago pelo quilo do suíno ocorre em função de uma produção que cresce de 5% a 6% ao ano e ao consumo da carne suína que permanece igual. Para que a situação mude, é necessário que se ajuste a produção conforme pede a demanda – comenta o presidente da Acsurs, Valdecir Luis Folador. 

O produtor rural Francisco Vezaro se dedica à suinocultura há cerca de 30 anos em Paim Filho, município do noroeste do Rio Grande do Sul.

– Nós, suinocultores, recebemos pouco pelo suíno. Enquanto isso, o produto é repassado ao consumir com um preço alto. É preciso mudar a situação, caso contrário, não há como continuar – reclama.

Responsável pela criação de 750 matrizes, Vezaro conta com 12 empregados em sua granja e alerta para o fechamento de outras duas no município.

– Caso a situação não mude, o próximo pode ser eu. Trabalho de domingo a domingo e a indústria só chora, dizendo que está falida. E nós, suinocultores? – questiona Vezaro.
Entre os casos citados pelo suinocultor, está o de Isidoro Conte, residente no mesmo município. Proprietário de uma granja (ciclo completo) com quatro mil suínos, Conte diz que o dia para o encerramento das atividades está próximo.

– Estamos há três anos trabalhando no prejuízo. Agora, depois que terminarmos a engorda desse lote, vamos fechar – fala, com perspectiva de seis a oito meses.

A granja é familiar e conta com mais quatro pessoas.

– Me criei na suinocultura, mas, infelizmente, não tenho opção – frisa Isidoro, lembrando que a criação de suínos começou com o pai.

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