Preços do boi gordo em queda e de grãos em alta podem reduzir confinamento, segundo Cepea

Pecuaristas demonstram falta de estímulo para a alimentação com este sistema, diminuindo também a oferta de animaisA redução dos preços da arroba do boi gordo e a alta nos preços dos grãos podem provocar uma queda na oferta do animal, de acordo com avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso ocorre em função de os confinadores demonstrarem falta de estímulo para engorda dos animais neste semestre. Segundo o Cepea, em julho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Estado de São Paulo) recuou 3%, com média mensal de R$ 91,05. O número representa que a cotação ficou 6,2% abaixo da média n

Além disso, na região de Campinas (SP), o preço médio da tonelada de farelo de soja em julho foi de R$ 1.132,66. O valor ficou 88,1% acima do registrado em julho de 2011, em termos nominais. O preço do milho, na média do mês, ficou um pouco abaixo da média de julho do ano passado, mas o aumento de 38% ao longo de julho, considerando-se o Indicador Esalq/BM&FBovespa, assustou compradores.

Indústria tem margens melhores

O mercado atacadista de carne bovina trabalhou em baixa nesta quarta, dia 1º, conforme levantamento da Scot Consultoria. O boi casado de animais castrados teve queda de 1% e está cotado em R$ 5,92 o quilo. O preço atual é 7% menor que o de um ano atrás, porém, na avaliação dos técnicos, a margem da indústria melhorou.

A diferença entre o preço pago pela arroba do boi gordo e o Equivalente Físico, que determina o valor de venda da carcaça com osso, está em -3%. Há um ano era 6% menor. Ou seja, a redução no preço da matéria-prima, o boi gordo, que está 9,3% menor do que há um ano, piora a situação para o pecuarista, mas ajuda a indústria. Este panorama é cíclico, segundo a Scot, e deve ocorre o contrário quando o preço da arroba voltar a subir e a oferta de animais terminados diminuir.

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