A carne suína foi a única a apresentar preços firmes em julho, em virtude do bom desempenho das exportações, que contribuem para enxugar a disponibilidade do produto no mercado interno. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
No balanço da parcial do mês, o valor da carcaça comum suína registra estabilidade no atacado de São Paulo, enquanto a carcaça casada bovina se desvalorizou quase 3% e o frango inteiro resfriado, 0,6%.
Dados do Cepea mostra ainda que a média diária de carne suína in natura exportada até a terceira semana do mês, de 2,4 mil toneladas, supera em 60% a de julho do ano passado, de 1,5 mil toneladas embarcadas diariamente. Em relação a junho, quando a média diária exportada foi de 1,9 mil toneladas, o aumento é de 26,3%.
A carne suína está custando cerca da metade do preço pago pelos bovinos no supermercado. Enquanto o quilo do suíno vivo era vendido, em São Paulo, a cerca de R$ 5,60 no fim do ano passado, atualmente o preço está por volta de R$ 3,60.
– É uma grande oportunidade porque o consumidor hoje, toda vez que ele liga a televisão está falando em buscar alternativas para a crise, economizar, e também no supermercado. Então quando a dona de casa vai ao supermercado ela começa a olhar a gôndola e comparar preços – afirma o analista de mercado Fabiano Coser.