Os preços do suíno vivo no mercado independente caíram na segunda semana deste mês, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). O recuo ocorre após valorização do animal vivo e da carne em dezembro de 2022, afirma o centro de estudos.
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De acordo com o levantamento divulgado nesta semana, a demanda doméstica enfraquecida tem pressionado as cotações tanto da carne quanto do vivo em todas as regiões acompanhadas.
Na Grande São Paulo, por exemplo, o suíno colocado na indústria se desvalorizou 8% de 3 a 10 de janeiro. Assim, acabou cotado a R$ 7,17/kg. Na região de Patos de Minas (MG), a queda foi de 9,1% no mesmo período, com o animal negociado a R$ 6,92/kg.
No Sul do país, o valor do animal recuou 6,1% em Braço do Norte (SC), a R$ 6,63/kg na terça-feira (10). No norte do Paraná, por sua vez, o preço do suíno recuou 7% no mesmo período, para R$ 6,55/kg. Além disso, em Santa Rosa (RS), o preço do animal recuou 8%, indo a R$ 6,77/kg no dia 10.
“Este período do ano apresenta menor liquidez para a proteína suinícola” — Cepea
“Vale lembrar que, historicamente, este período do ano apresenta menor liquidez para a proteína suinícola, devido à restrição orçamentária da maior parte da população e às férias escolares”, afirma a equipe do Cepea.
Suíno no atacado
No atacado, as cotações da carcaça de suíno acompanharam o movimento de queda, conforme ressalta o Cepea. “Desta forma, para evitar aumento dos estoques, atacadistas ajustaram negativamente os preços para melhorar a saída dos produtos.”
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