Nos últimos dois meses, mais de 50 mil cabeças de gado uruguaio entraram no Rio Grande do Sul para abate. O Sindicato da Indústria da Carne (Sicadergs) aponta uma série de vantagens para a mudança.
? O principal comprador da carne uruguaia é a Rússia, que tem 40% do mercado. Em segundo lugar, vêm os países da União Européia, com 22% ? diz o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen.
A crise econômica mundial foi responsável por uma redução nos pedidos que eram feitos pelo exterior. Com o preço mais baixo, os uruguaios aumentaram os negócios com o Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, em pouco mais de um mês, foram registrados mais de 63 mil pedidos de ingresso de animais do país vizinho. Em todo o ano, a quantidade de bovinos deve passar de 87 mil – número três vezes maior do que o de 2007.
Este ano, o Canal Rural acompanhou uma missão brasileira que visitou fazendas do Uruguai (assista às reportagens). A rastreabilidade começou por pressão dos países importadores, principalmente a comunidade européia. O sistema é obrigatório para todos os animais nascidos há três anos. Metade do rebanho já têm um brinco de identificação em uma orelha e um chip eletrônico em outra. A previsão é de que até 2010, todos os bovinos do país estejam cobertos pelo sistema.