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RS: Preços do suíno vivo bate recorde histórico a R$ 4,85

Custos de produção estão baixos, devido a redução das cotações do milhoSuinocultores do Rio Grande do Sul estão comemorando o bom momento do setor. O custo de produção está baixo e a demanda nunca esteve tão aquecida. O preço pago pelo quilo do suíno vivo é o mais alto da história no Estado, alcançou a marca de R$ 4,85. 

– O principal fator desses preços é oferta e demanda, nós temos uma produção de suínos muito ajustada. Em função das crises de 2011 e 2012, teve redução de plantel, menos reposição de matrizes, os produtores em função da dificuldade financeira investiram menos nas granjas, então isso fez com que o plantel se ajustasse – relembra o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.

E os preços em alta refletem no ânimo do produtor, que até o ano passado recebia quase R$ 2 a menos.
 
– Acredito que pela circunstância do momento atual, onde as margens de lucro em todas as atividades são tão grandes. Eu acho que esse é o melhor preço que a suinocultura teve em toda a história, que eu me lembre – fala o produtor Ilânio Johner.

O produtor diz que a demanda está alta e vende, em média, de 100 a 120 animais por mês. Em outubro, conseguiu vender 150.

– O resultado disso é uma procura acentuada, nós, hoje, já temos gente deixando reservado o seu animalzinho para conseguir fazer as festas de final de ano, um leitão assado que não deixa de ser uma coisa bem apetitosa – diz Johner.

Do outro lado, os custos também estão garantindo o bom momento. Segundo a Associação, os custos na propriedade diminuíram graças ao milho, que está com preço bem mais baixo.

Hoje, Ilânio paga R$ 26 pela saca de 60 quilos de milho. Há pouco tempo, chegou a pagar mais de R$ 35. Para ajudar a equilibrar ainda mais os custos de produção, ele produz cereais e transforma em ração para os animais, o que deixa os gastos da propriedade na casa dos R$ 2,70, sendo que a média gaúcha é de R$ 6,75.

– Hoje, o milho tem menos preço do que ele tinha nessa época no ano passado, e isso faz com que o preço da alimentação do animal não tenha aumentado muito, se ele aumentou foi um percentual muito pequeno – afirma o produtor.

A carne suína é um dos itens mais vendidos para ceias de fim de ano, o que incrementa ainda mais a renda do suinocultor.

– Sempre, todos os anos, fim de ano, novembro dezembro, Natal, Ano Novo, a carne suína tem um consumo maior, isso também acaba impulsionando, acaba ajudando, fazendo com que o mercado fique ainda mais firme, com preços mais altos – coloca Folador.

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