Os homens que vêm à Feira para cuidar dos zebus e deixá-los impecáveis para os julgamentos, também têm direito a um dia de embelezamento. O cabelo cresceu e a vaidade falou mais alto, Elton Tiago Correa foi experimentar pela primeira vez o corte oferecido sem custo. Sentado na cadeira, com a capa preta presa no pescoço, o capataz de uma fazenda do município, criadora da raça gir, pediu o “corte social” – feito com máquina 3 e finalizado com tesoura. A cabeleireira que ajudava a dar um trato no visual de Elton contou que este é o tipo mais pedido entre os peões, ficando à frente até do conhecido “raspado à máquina” e do autêntico e na moda “moicano”.
A professora Anália Barcelos é a supervisora das cabeleiras. As moças que dão um jeito na cabeleira do pessoal da ExpoZebu ainda são aprendizes – participam de um curso promovido pela SEDES. Durante a Feira, as futuras profissionais são convidadas a oferecer os seus serviços, como forma de praticar a atividade. No espaço, 18 pessoas trabalham para atender os visitantes. E não são apenas os peões que desejam cortar o cabelo, os alunos das faculdades que visitam o evento e também algumas senhoras compõem a clientela.
? Atendemos em torno de 30 pessoas por dia, das 13h às 17h, todos os dias da Feira. As pessoas que vêm aqui são variadas, mas quem mais frequenta o salão improvisado são os peões mesmo ? explica Anália.
Apesar de ainda não serem formadas no curso, as cabeleireiras são elogiadas pelo trabalho e o público parece sair do salão realmente satisfeito. Elton, que estava sério e um pouco quieto durante o corte, saiu do salão esboçado um sorriso e sem ter o que reclamar: o cabelo ficou como ele queria, bonito e bem curto.