Segundo a Abipecs, em nota distribuída nesta quinta, dia 12, o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) enviou recentemente ao Ministério um resumo do conteúdo do relatório da missão veterinária de abril, publicado em seu site, cujo impacto foi bastante negativo. Anteriormente, em comunicado do dia 19 de abril, o serviço federal russo já havia feito severas críticas ao sistema nacional de inspeção da qualidade da carne, que não foram bem recebidas pelas autoridades brasileiras.
Camargo Neto espera que a situação com a Rússia seja revertida durante esta missão. Segundo ele, a exportação para a Rússia continua normal, pois o número de estabelecimentos aprovados tem conseguido suprir a demanda dos importadores.
? É preciso, porém, levantar a suspensão de frigoríficos que continuam impossibilitados de exportar para lá. Com o recente incidente, tais frigoríficos viram a revogação da suspensão protelada ? explica o presidente da Abipecs, na nota.
A Rússia é o principal mercado para carne suína brasileira, com participação de 43,30% das exportações em 2010, com embarques de 233,984 mil toneladas. Em 2009, a Rússia comprou do Brasil 266,523 mil toneladas de carne suína. Do total importado pela Rússia, em volume, o Brasil foi responsável por 35,07%, seguido da Alemanha, com 17,43%, Dinamarca (11,43%), Canadá (10,40%) e Estados Unidos (9,07%). As importações da Rússia foram 87,4% de cortes congelados, 8,9% de carcaças e meias carcaças congeladas e 3,1% de cortes resfriados.
Coreia
Na sequência da missão a Moscou, Camargo Neto acompanhará o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, a Seul, na Coreia do Sul. Os executivos terão reunião com a autoridade sanitária do país no dia 20.
? Esperamos que nossos contatos possam garantir maior agilidade ao processo de aprovação de frigoríficos para a exportação de carne suína à Coréia. A abertura desse mercado representaria importante alteração estrutural para a suinocultura do Brasil ? disse o presidente da Abipecs.
O processo de abertura do mercado à carne suína brasileira está em fase adiantada. Em abril do ano passado, uma missão veterinária da Coreia do Sul visitou o Estado de Santa Catarina e, conforme a Abipecs, faltam alguns passos para a finalização do processo.
Assim como a Rússia, a Coreia do Sul é um país comprador relevante de carne suína. No ano passado, o país foi o quarto maior importador mundial, com compras de 382 mil toneladas. O principal fornecedor da Coreia do Sul são os Estados Unidos (26,05%), seguidos por Canadá (18,92%), Chile (15,02%), Espanha (6,41%) e Áustria (4,98%). A Coreia importa basicamente cortes de carne suína congelados (95,6%) e cortes resfriados (4,2%).