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Primeiras análises de leite do Paraná não indicam adulteração

Foram avaliadas 10 amostras de quatro marcas sob suspeita de adulteração: Líder, Mu-mu, Cativa e PollyA Secretaria Estadual da Saúde do Paraná divulgou nesta segunda, dia 27, os primeiros resultados do novo sistema de monitoramento da qualidade do leite vendido no Estado. Desde a semana passada, o Laboratório Central do Estado passou a verificar a presença de substâncias que podem adulterar a composição do leite, como o formol.

De acordo com as análises, nenhuma das dez amostras processadas pelo Laboratório Central do Estado apresentou indício de fraude. Foram avaliadas dez amostras de quatro marcas sob suspeita de adulteração: Líder, Mu-mu, Cativa e Polly. Os laudos já foram encaminhados ao Ministério Público, que está acompanhando os casos de fraude.

Todos os produtos avaliados foram coletados em mercados de Curitiba, Colombo e Londrina. Vigilâncias sanitárias de outros municípios também estão orientadas a coletar amostras, principalmente de lotes produzidos em fevereiro e março.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, as fiscalizações foram intensificadas depois que produtos irregulares vindos do Rio Grande do Sul estavam sendo vendidos no Paraná.

– Por enquanto, não há a comprovação de adulteração nos leites produzidos em nosso Estado – destacou o superintendente.

Nesta semana, além das amostras já recebidas, o Lacen-PR avaliará produtos de fornecedores do programa “Leite das Crianças”. A fiscalização de fraude envolve tanto o leite tipo longa vida, quanto o pasteurizado. 

Monitoramento

De acordo com a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes, a adição de formol é apenas uma das fraudes utilizadas para aumentar o volume do leite.

– Já estamos adquirindo uma série de reagentes que vão possibilitar identificar adulterações com o uso de uréia, amido, cloreto de sódio e água oxigenada – afirmou.

A maioria das substâncias utilizadas nas fraudes é adicionada em pequenas quantidades e por isso, talvez não causem complicações imediatas. Contudo, se o produto irregular for consumido em grande quantidade ou por um longo período de tempo, a intoxicação por formol, por exemplo, pode causar até o câncer.

Denúncias sobre possíveis adulterações podem ser feitas através do site da Secretaria Estadual da Saúde.

Operação Leite Compen$ado

Os recentes casos de adulteração vieram à tona devido a Operação Leite Compen$ado, deflagrada no início do mês no Rio Grande do Sul. A operçaão comprovou que empresas gaúchas de transporte de leite adulteraram o leite cru entregue para a indústria. Uma das formas de adulteração identificadas é a da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição. A adulteração consiste no crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal.

A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerado cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A fraude foi comprovada através de análises químicas do leite cru, onde foi possível identificar a presença do formol, que mesmo depois dos processos de pasteurização, persiste no produto final. Com o aumento do volume do leite transportado, os “leiteiros” lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro. As marcas que tiveram lotes de leite suspensos do mercado são Italac, Bom Gosto/Líder, Mu-Mu, Latvida, Hollmann, Goolac e Só Milk.

Até agora, foram cumpridos 13 mandados de prisão e houve a interdição de três postos de resfriamento e de uma fábrica. Oito pessoas permanecem presas.

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