A mudança no jeito de andar do animal é o primeiro sinal de que alguma coisa não vai bem. Pode ser uma ferida, uma alteração no tamanho do casco ou até mesmo uma pedra entre as unhas. Quando está com algum problema no casco, o bovino costuma não comer e quer ficar deitado a maior parte do tempo.
Quando esses sintomas aparecem é hora de intervir. A maior dificuldade é fazer a vaca entrar no tronco. Segundo o casqueador Marcos de Souza, o procedimento não machuca, mas alguns animais se sentem incomodados principalmente com a posição em que são mantidos.
Souza usa um tronco próprio para o casqueamento. Para não correr o risco de cortar além do necessário ou do serviço ficar mal feito, o casqueador usa três tipos de ferramentas. Primeiro, corta com a chave turquesa, para tirar as partes mais grossas. Depois, apara com a faca e por fim usa a lixa para dar o acabamento. A higienização é feita com sulfato de amônia.
Com os equipamentos certos e com pessoal capacitado, o trabalho é feito em menos de uma hora, mas precisa ser repetido pelo menos uma vez a cada 45 dias.