Os estoques das indústrias estão enxutos em função da falta de matéria-prima. Mesmo com as margens apertadas, os compradores seguem pagando mais pela arroba para conseguir garantir o abastecimento e a operação das unidades.
A diferença entre o Equivalente Scot Desossa e o preço pago pela arroba está em 14,3%, uma redução de dez pontos percentuais em doze meses. A margem do Equivalente Scot Carcaça está em 15%. Isso indica que as vendas para açougues e pequenos varejistas, que geralmente compram a carcaça, ocorre com maior facilidade. Além disso, em momentos de falta e encarecimento da arroba, existem indústrias que compram esse produto de outras unidades para realizar a desossa, aumentando a demanda.
Todo esse cenário de estreitamento de margens ocorre mesmo com os preços atuais dos cortes sendo 19,5% maiores, em média, que há um ano. Não há alternativa para a indústria, a oferta de matéria prima é menor que a demanda e, com isso, a arroba segue a escalada de preços. Do lado do consumo, o repasse está sendo feito à medida que o mercado permite. Assim, as margens encurtam.
Margens menores
Houve queda nos preços e a semana não favoreceu as vendas. Uma das razões indicadas é a descapitalização da população. Com a redução de 0,2%, em média, nas cotações em São Paulo, o sobrepreço médio do varejo, frente ao atacado, está em 53,9%, um dos menores da série de acompanhamento.
O ajuste foi pequeno. A redução nos estoques chega aos varejistas e isso faz com que haja pequena queda nos preços, mesmo no final de mês. No Paraná, a desvalorização foi de 0,5%, estabilidade em Minas Gerais e ligeira alta de 0,5% no Rio de Janeiro, acompanhando a valorização imposta pelas indústrias.
As perspectivas ficam por conta do esperado pagamento de décimo terceiro salário e contratações temporárias.