É o caso de Clarissa Casila, que, desde pequena, é apaixonada por cavalos. A adoração pelo animal foi decisiva na hora de escolher sua profissão. Se tornar médica veterinária é a realização de um sonho.
– É do coração mesmo que a gente pensa em profissão. E isso foi o que escolhi. Realmente, gosto muito dos cavalos. Acho que é isso que vou fazer para o resto da minha vida – afirma.
Além da afinidade com os bichos, o mercado de animais de grande porte é promissor e tem atraído cada vez mais jovens às aulas de medicina veterinária. Entre as 50 áreas de atuação da profissão, cresce a procura pelas especializações voltadas ao atendimento de animais de produção. Uma boa notícia para quem vivem no campo.
– Claro que a clínica médica de pequeno porte ainda é a campeã de procura dos alunos que se formam. Mas temos em torno de 30% a 40% de procura desses alunos voltados à área de grandes animais – explica o diretor do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UNB), Antônio Rafael.
Hoje, o Brasil é recordista mundial em escolas que oferecem o curso. São 190 instituições que formam cinco mil novos profissionais todos os anos. Um meio para os recém-formados se qualificarem são os programas de residência, que também valem como uma pós-graduação. O Hospital Veterinário da UNB, destinado ao atendimento de animais de grande porte, é uma das referências na área. Os profissionais da instituição recebem, em média, 400 animais por ano, seja para atender pequenas fraturas ou para realizar grandes cirurgias.
– Quero continuar na área, fazer uma pós, mestrado especializado em cirurgias de grandes animais, para, no futuro, estar capacitado para trabalhar com cirurgia – diz o residente Cleyber Trindade.
– É um tipo de trabalho que requer investimento do profissional em termos de exposição, vontade e disponibilidade para percorrer distâncias, visitar fazendas, áreas que ficam fora dos centros urbanos. A campo, a gente precisa percorrer cem, 200 quilômetros, dependendo do atendimento – acrescenta Trindade.
Matheus Fernandes já está acostumado com a rotina pesada de um veterinário de campo. Quando terminar o curso, ele continuará cuidando dos animais da família, mas como um profissional, com o diploma na mão.
– É coisa que sei mais fazer na minha vida. Não sei fazer mais nada além disso. Se não conseguir uma residência, provavelmente vou trabalhar com meu tio.
Confira a matéria completa do Rural Notícias e a história desses profissionais.