Conforme a Leite Brasil, o crescimento do mercado deve ser sustentado pelo aumento na demanda doméstica e pela ampliação das exportações do setor.
— O principal motivo para a produção ter ficado praticamente estável em 2011 foi o elevado custo de produção, que desestimulou os produtores. Em 2012, a Leite Brasil aposta na recuperação da rentabilidade e queda nos preços das commodities para reduzir os custos, fazendo com que o mercado volte a crescer dentro da média histórica dos últimos 10 anos — afirma o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez.
O consumo de leite projetado para 2012 é de aproximadamente 170 litros por habitante, um aumento de cerca de 2% em relação a 2011. Segundo a associação, o número ainda fica abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, de 200 litros per capita por ano.
A expectativa da Leite Brasil é que as exportações de lácteos cresçam em 2012, chegando a um volume de 362 milhões de litros de leite, um aumento de 15% em relação a 2011. Importações devem recuar 30% em comparação a 2011, chegando a 888 milhões de litros de leite no ano.
Os preços pagos aos produtores tiveram recuperação em 2011, com variação nominal positiva de 17%. Apesar disso, o ganho foi neutralizado pelo aumento nos custos de produção, que variaram cerca de 20%, segundo a Embrapa.
— Recomendo ao produtor de leite dar prioridade à administração dos custos de produção, principalmente alimentação do gado e mão de obra, que está se tornando escassa nas propriedades leiteiras — diz Rubez.
O executivo também reforça a importância de os produtores de leite melhorarem a tecnologia empregada na produção.