De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo da entidade, apesar dos percalços vividos pelo setor de carnes neste ano, com forte queda nos preços domésticos dos suínos e embargo da Rússia, a indústria de alimentação animal mantém a expectativa de crescimento. “Mas com viés de baixa”, ponderou. Ele alerta que a crise internacional pode reduzir as exportações de carnes do Brasil, o que teria impacto na indústria de ração. Em 2010, a produção ficou em 61,4 milhões de toneladas, elevação de 5,3% ante o ano anterior.
No caso dos suínos, a indústria de ração previa aumento de 2% na produção para este segmento em 2011. No primeiro semestre, contudo, a oferta ficou praticamente estável, com alta de 0,1%.
? A desvalorização da carne suína foi dramática para os produtores ? afirmou Zani.
A entidade avaliou que, apesar do crescimento de 11% na receita das exportações, a quantidade de carne suína exportada no primeiro semestre recuou principalmente por causa do embargo russo. A estabilidade no plantel de matrizes alojadas e de leitões resultou no consumo de 7,6 milhões de toneladas de ração de janeiro a junho de 2011.
Na avicultura, que responde por 50% do consumo de ração no país, a demanda do segmento de corte se manteve forte no período e, por isso, a produção cresceu 6%, para 15 milhões de toneladas. Mas no segmento de ração para poedeiras o volume subiu apenas 0,5%, para 2,5 milhões de toneladas no primeiro semestre.
? O incremento de 60% no preço do milho para ração prejudicou a rentabilidade do produtor, já que o preço médio do ovo registrou variação de apenas 17% no mesmo período de junho de 2010 a junho de 2011 ? diz a entidade.
No segmento de bovinos de corte, o aumento foi de 6,5%, para 1,3 milhão de toneladas de rações, graças à manutenção da arroba em patamar superior aos R$ 100 por arroba. No caso do gado leiteiro, o incremento foi ainda mais expressivo – 8,6% – para 2,6 milhões de toneladas.