Se as reformas econômicas permitirem e os indicadores continuarem o movimento de melhoria, a produção de carne suína em 2019 poderá crescer até 3% em relação ao ano anterior.
Segundo a Scot Consultoria, além da expectativa de elevação da demanda doméstica, no próximo ano, a procura externa pelo produto brasileiro, especialmente da China e Rússia, deve manter o cenário da suinocultura um pouco melhor.
Como foi 2018
Os preços recebidos pelos suinocultores em São Paulo, em média, caíram 15% em valores nominais em 2018 na comparação com o ano anterior. Se considerarmos a inflação, a queda foi ainda maior.
Para piorar, os custos de produção aumentaram. Em média, o produtor comprou 5,7 quilos de milho com um quilo de suíno, frente aos 8,4 quilos adquiridos em 2017, ou seja, uma redução de 32,3% no poder de compra.
No atacado, o movimento foi semelhante ao da granja, com o preço médio até meados de dezembro, 14,2% menor que o registrado no ano anterior.
No segundo semestre, porém, a cotação se recuperou. De julho a dezembro, o preço do animal subiu 28,3%. Além do movimento sazonal de recuperação na segunda metade do ano, houve outros fatores, entre eles a menor disponibilidade de animais e produtos, passada a crise com a greve dos caminhoneiros, e as exportações ganhando ritmo, com o dólar favorável.
Comércio internacional
No âmbito externo, os embarques de carne in natura de janeiro a novembro foram 8,4% menores que no mesmo intervalo em 2017. No entanto, no segundo semestre, de julho a novembro, o país exportou 33,4% mais em volume que em toda a primeira metade do ano.
A Rússia, que foi a principal compradora do produto brasileiro em 2017, retomou as compras em novembro. Os russos haviam embargado as importações do produto brasileiro em novembro de 2017.
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