A fábrica de Pinhalzinho, uma das maiores e mais modernas de laticínios no Sul do Brasil, produz 1,5 milhão de litros de leite por dia. Em 2008, a produção era de 400 mil litros.
No ano passado, a produtividade da indústria cresceu 14%, e a expectativa para este ano é de uma elevação ainda maior, de acordo com o assessor de lácteos da Cooperativa Aurora, Selvino Giesel.
Os dados da produção brasileira ainda não foram divulgados. A expectativa de Santa Catarina, no entanto, é de 2,7 bilhões de litros de leite, o que corresponde a 8% do total nacional. O Estado alcança uma média dobrada em relação a do país, que é de cerca de 4%.
No ranking, Santa Catarina fica atrás de Minas Gerais (27%), Rio Grande do Sul (11%), Paraná (11,7%) e Goiás (10,4%). A atividade já se tornou uma das principais fontes de renda para 60 mil famílias catarinenses. Da produção total, 70% do leite do Estado sai do oeste, e mais da metade deste volume é processado por agricultores familiares.
– Nossa região, por ser de pequenos produtores e de mão de obra familiar, propicia esse crescimento. Porque é a família que cuida dessa atividade – aponta Giesel.
É o caso do produtor Aloísio Petry, dono de uma área equivalente a oito campos de futebol. Enquanto ele cuida de uma criação de suínos, o filho e a esposa se encarregam da produção de leite. A família tem 22 vacas que produzem em média 400 litros por dia. Eles ganham cerca de R$ 6 mil por mês com o trabalho, o que permitiu a melhoras na qualidade de vida da família. O produtor afirma que é o segredo é deixar uma reserva para o investimento e controlar todas as despesas e ganhos.
O crescimento do poder aquisitivo dos produtores também tem estimulado o crescimento de outros setores.
– Quando é dia de pagamento, pelo dia 10, movimenta todas as cidades da região. É um dia de sufoco no comércio – diz o presidente da Cooperativa Itaipu, Arno Pandolfo.