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Produção de mel do Brasil precisa de modernização, mas ainda está entre as maiores do mundo

Entre janeiro e maio deste ano, exportações do produto cresceram mais de 96% em relação ao mesmo período de 2013Mário Souza é apicultor há 25 anos em Sorocaba, no interior de São Paulo, e tem um berçário de abelhas. Ele cria os enxames em um terreno cedido e alega que faltam espaços na região. Apesar do problema, a produção cresce em todo o país. Apicultores como seu Mario estiveram presentes, no dia 20, no Seminário Regional de Apicultura - Sorocaba e Região, que teve plateia cheia. Com treinamento e mais capacitação, São Paulo deve seguir a tendência com aumento de 10% até o fim do ano.

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– Cada produtor tem interesse em mudar a quantidade de colmeias que trabalha. Os apicultores estão recebendo mais assessoria técnica, e aí cada um aprende que, para produzir, basta simplesmente ter mais conhecimento – afirma o presidente da Federação das Associações dos Apicultores e Melicultores do Estado de São Paulo (Faamesp), Alcindo Alves.

Um dos principais desafios do setor é modernizar a produção. Em São Paulo, a Cooperativa dos Apicultores de Sorocaba e Região conseguiu aumentar muito a capacidade utilizando novas tecnologias. Do último ano para cá, os funcionários que processavam 250 quilos de mel por dia trabalham com 750 quilos diários.

Para isso, foram adquiridos equipamentos como a envasadora automática, que transfere o mel para os potes de vidro, e uma lacradora, de garante mais segurança e qualidade ao produto.

– Hoje, temos um entreposto que, a nível de associativismo, a vível de apicultor, é um dos mais modernos, não do Estado, mas do país. Conseguimos avançar muito. Nosso entreposto, com equipamento de última geração, dá qualidade para o produto – acrescenta Alves.

– Saímos de uma vaca leiteira de 7 litros de leite para 30 litros fazendo o que? Melhoramento genético. Na apicultura, temos também que fazer seleção de rainha, o melhoramento genético, a troca de rainha. Um outro entrave é a questão do próprio manejo, a alimentação das abelhas no inverno, na entressafra; e tem a questão de tecnologia mecanizada na extração do mel. Hoje, pra extrair o mel, o apicultor tem mil colmeias e gasta muito tempo com essa extração manual. Já existem máquinas que podem tirar de cinco a oito mil quilos de mel por dia. O Senar, o Sebrae e as empresas de assistência técnica já estão dando assistência, mas precisamos ainda incrementar mais essas tecnologias – explica o primeiro vice-presidente da Confederação Brasileira de Apicultores, Nésio Fernandes de Medeiros.

O Brasil está entre os 10 maiores produtores e exportadores do produto do mundo. Entre janeiro e maio deste ano, as exportações cresceram mais de 96% em comparação ao mesmo período de 2013. São Paulo e Rio Grande do Sul são os Estados que mais exportam mel. Juntos, venderam metade do total exportado no ano passado – foram 16 mil toneladas, o equivalente a US$ 54 milhões. Para avançar, é preciso ainda que sejam discutidos critérios na utilização de agrotóxicos no campo – um dos principais vilões da apicultura.

– O agrotóxico acaba com o inseto. Nós precisamos conversar com as empresas, reduzir a aplicação de agrotóxicos, ter critérios na aplicação e achar uma alternativa – declara Medeiros.

Veja a reportagem completa:

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