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A seca do ano passado quase destruiu a produção de mel no Piauí. O apicultor Gilvan Tolentino faz parte de uma cooperativa que distribui o produto para outras regiões. Ele também foi para o Maranhão na tentativa de manter as abelhas.
– A gente escolheu o Estado do Maranhão por ser uma região que chove bastante no período da seca. Transferimos duas mil colmeias para que pudéssemos retornar com esses enxames vivos e fortes para a produção de 2014.
Há pelo menos dois anos o Piauí sofre com estiagem. Nesse período, a produção despencou de 400 toneladas em 2011, para 61 toneladas em 2012. Neste ano, a região começou a se recuperar e já passa das 70 toneladas.
– A gente espera uma entrada de mel na ordem de até 60 toneladas, volume que é suficiente para custear as despesas e cobrir os custos realizados para migrar essas colmeias para o Maranhão – pontua o gerente comercial da Cooperativa Mista de Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Coomapi).
Já a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro – Casa Apis, responsável pela exportação de mel do Estado, está mais otimista. Em 2011, foram exportados mais de 500 toneladas do produto. Em 2012, o número caiu para menos da metade e ficou em 206 toneladas. Neste ano, só nos seis primeiros meses, a produção já chegou a 209 toneladas de mel.
– A gente está conseguindo exportar com o pouquinho que está produzindo, porque teve chuva em algumas regiões. Em 2013, as exportações já conseguiram bater o mesmo volume de todo o ano passado – afirmou a assessora técnica da Casa Apis.
A recuperação acontece aos poucos. Para ajudar, a boa notícia é a parceria feita com uma rede de hipermercados, que vai oferecer o mel das cooperativas em mais de 300 lojas do Brasil, dando fôlego para os apicultores.
– [A parceria] veio incentivar os produtores em um momento muito difícil. Hoje, nós temos, em negócios fechados, 220 lojas no Nordeste e uma faixa de 80 lojas no Sudeste e Centro-Oeste. Então, isso é um grande incentivo para o produtor que vem sofrendo com essa seca muito grande – diz a gerente de Agronegócios do Sebrae-PI, Geórgia Pádua.