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Produtor consegue vender leite a R$ 8 em mercearia colaborativa

No comércio, pecuaristas e agricultores é que definem o preço do que é oferecido aos clientes e lucram mais com a exposição de marca própria

Fonte: Sepaf/MS

Após meses de ganhos, o preço do leite pago ao produtor vem registrando quedas e, na contramão da crise no setor, um pecuarista de Brasília consegue vender o litro a R$ 8 agregando valor ao produto e adaptando a propriedade para garantir o bem-estar dos animais. Aliado a tudo isso, ele passou a comercializar o produto em uma mercearia colaborativa, onde o próprio produtor é quem define o valor.

“A gente tinha uma média de produção de 11,2 litros por vaca ao dia. Depois que a gente entrou com sombrete, notou um certo aumento e quando começou a molhar os animais e eles começaram a perder temperatura, teve mais um aumento e quando a gente terminou de ventilar os animais chegou a um aumento de 30%. De 11,2 a gente foi pra 15,6 litros por vaca e agora a gente está começando a voltar esse mesmo patamar”, disse o produtor Fernando Torres, que tem como meta atingir a produção de 16 litros por vaca.

André Batista é um dos sócios da mercearia colaborativa que vende os produtos de Torres. Segundo ele, no estabelecimento é cobrado entre R$ 300 e R$ 500 por mês para expor os produtos e mais uma taxa de 19% sobre tudo o que é vendido. Ele também produz linguiça artesanal e, como outros pequenos pecuaristas, sempre teve dificuldade de emplacar o produto em supermercados convencionais.

“É muito difícil você entrar nas grandes redes e eu passo por isso frequentemente. Aqui na mercearia existe uma abertura para o produtor, ela é pequena, mas ele pode entrar aqui e crescer com a exposição. O semi-industrial é um diferencial, ele não está em grandes redes ou em toda mercearia da cidade. O diferencial é que a gente tem o pequeno produtor aqui”, disse o sócio do negócio.

Assim como o empresário, os produtores também destacam a vantagem em receber um preço justo pelo que é vendido. “O preço de ponta é R$ 25 e, para você entrar num mercado, você tem que ter um distribuidor e o distribuidor tem que ter vender pra esse mercado. No final das contas, de um produto que na ponta custa R$ 25, acaba-se perdendo R$ 12 para chegar ao consumidor final a esse preço”, afirmou André Batista.

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