A pecuária de Mato Grosso do Sul vive uma fase completamente diferente em relação aos últimos cinco anos. A arroba valorizada, custando em média R$ 90, trouxe de volta o otimismo ao setor, que já enfrentou dias difíceis. Para sobreviver à crise a solução foi vender matrizes. Mas ao mesmo tempo em que o cenário é animador, os pecuaristas estão atentos às mudanças no mercado.
O número de abates realizados no Estado caiu. De janeiro a maio deste ano foram abatidos 1, 436 milhão de bovinos ? 12% menos em comparação com o mesmo período do ano passado.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) acredita que durante a entressafra outras empresas também possam adiar ou paralisar momentaneamente as atividades. No entanto, ele afirma que a estratégia adotada pelas indústrias não deve forçar uma desvalorização da arroba.
? Os preços do boi ainda deverão subir nos próximos meses, já que ainda estamos no início da entressafra. A estimativa é chegar à casa dos R$ 100 ? estima Laucídio Coelho Neto.
Para o pecuarista Arno Seemann, as divergências entre produtores e frigoríficos ainda está longe do fim.
? Os pecuaristas não vão se desfazer agora dos animais, já que estão lutando par repor o rebanho. Vão aguardar os melhores preços para vender a produção ? explicou.
Para o dirigente da Acrissul, é necessário que frigoríficos e produtores se unam para que “cada um ganhe o seu” sem prejudicar o outro.