Os apicultores suspeitam que os insetos tenham morrido em razão do uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras de laranja e cana-de-açúcar. Na região, são muitas as propriedades com essas culturas e o maior perigo é a pulverização aérea. Mesmo havendo regras que estipulam até as substâncias que podem ser usadas, a reclamação é que nem todos os agricultores cumprem à risca o que permite a lei.
Na polícia são muitas as ocorrências registradas e o Ministério da Agricultura já conta com amostras de abelhas, mas ainda está na fase de análise. E esta não é a primeira vez que elas morrem em grande quantidade na região, sendo que estudos já denunciaram os agrotóxicos como causa desse desequilíbrio ambiental.
Pesquisa
Mais de um milhão de insetos morreram no ano passado e, segundo um laudo emitido por um laboratório de Araraquara, a culpa seria um inseticida usado na cana. Dessa vez, o caso é analisado, mas o uso de agrotóxico é suspeito de novo.
De acordo com o pesquisador da Unesp de Rio Claro, Osmar Malapina, para controlar as pragas os produtores rurais estão aumentando cada vez mais as pulverizações. E em análise anterior já teria sido provada a ligação entre essas aplicações de veneno e as mortes das abelhas.
Defesa
Nicolau Souza Freitas, presidente do Sindicato Rural de Araraquara, diz que o uso de pulverização aérea é muito pequeno na região, praticado apenas por indústrias em grandes laranjais. Mas, segundo ele, aumentou mesmo o uso de inseticida nas lavouras.
– No caso da cana, com o fim da queima foi preciso ampliar as aplicações, porque antes o fogo matava todas as pragas. Mas não sei se é isso que está matando as abelha – explicou.