O produtor trabalha no sistema de semi-confinamento na propriedade de 10 hectares. Além do pastejo com grama, o animal passa o inverno confinado e se alimenta da silagem de milho produzida na propriedade, misturada com suplemento. Segundo Gomes Júnior, o tamanho reduzido dos animais permite maior volume de produção em espaços menores.
– Em relação ao bovino, nós temos em média 50% a mais de rentabilidade. Para você ter uma ideia, enquanto a arroba do boi vale até R$ 100, a arroba do cordeiro chega a valer R$ 150 dependendo do corte – explica.
A Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos (ACCOES) calcula que o rebanho de ovinos na região ultrapasse as seis mil cabeças. A produção de carne neste ano é estimada em 10 toneladas. O pequeno produtor, Ricardo Negrini, calcula que o número deve crescer e afirma que o apoio do governo é essencial.
– Hoje, as linhas de financiamento são direcionadas ao produtor de porte médio e deixam a desejar para os pequenos que precisam de acesso aos recursos. O ideal seria apoiar os pequenos produtores que precisam de recursos para investir em seu rebanho – disse Negrini.
A promoção da carne de cordeiro é feita por meio de uma parceria entre produtores e empresários da região. O 6º Festival de Cordeiro Serrano usa a carne produzida na região. O objetivo do evento é divulgar receitas culinárias como o carré de cordeiro.
– O festival começou há seis anos com o apoio dos produtores de cordeiro na região. Com o aumento da procura, o consumo tem crescido nos últimos anos de 15% a 20% nos últimos anos – disse.
– Todo esse trabalho feito durante esses anos, e a produção de carne de qualidade vem aumentando o interesse. Os que têm provado têm gostado – disse a organizadora do evento, Vera Sorgiacomo.