Produtores da região utilizam o sistema free stall, de baias livres, que já era usado no norte do país. No entanto, em função do aumento dos custos e alto investimento para estrutura em confinamento climatizado, alguns pecuaristas optam por outras alternativas. O criador Nickerson Norman relata ter adotado o pastejo rotacionado com piquetes e piscina para a vacada se refrescar. Ele diz que o trabalho no free stall era muito intenso com produção de silagem de milho, além da necessidade de acompanhar todo o processo até a ordenha.
– Meu filho não estava feliz, porque o trabalho era muito árduo. Mudamos para melhor. Hoje temos mais tempo para a família e apreciamos muito mais trabalhar assim com as vacas de leite – aponta.
Os produtores contam com suporte técnico para executar as mudanças. A universidade da Flórida tem uma extensão específica chamada Farms – uma sigla para serviço médico e reprodutivo para animais de produção. Por meio de parceria com a instituição, os pecuaristas buscam melhorias na produção de carne e de leite. Os veterinários da universidade prestam assistência técnica em várias regiões no Estado, conforme explica o doutorando em Zootecnia Eduardo Ribeiro.
– Nosso laboratório envolve sete estudantes de pós-graduação. São seis alunos de doutorado e um aluno de mestrado. A gente trabalha na área de nutrição e reprodução de bovinos de leite e o que se tenta desenvolver são parcerias com os produtores da região, para fazer um trabalho proveitoso tanto para o grupo de pesquisa quanto para os produtores – diz.
* O repórter viajou aos Estados Unidos a convite da Tortuga, empresa dos ramos de nutrição e saúde animal