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Produtores mineiros triplicam produção de mel com apicultura migratória

Prática consiste em deslocar apiários para lavouras que estejam em floraçãoA apicultura migratória é uma forma encontrada pelos apicultores de Minas Gerais para aproveitar, ao máximo, as floradas das lavouras. Com a adoção da prática, produtores de Araguari, no Triângulo Mineiro, estão conseguindo até triplicar a produção de mel.

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Nesse sistema, as colmeias são levadas para várias lavouras diferentes, que estejam em floração. Assim, o pólen, alimento das abelhas, é sempre garantido, o que não ocorre em sistemas com apiários fixos.

Quando a lavoura de girassol floresce, não há tempo a perder. O apicultor Alberto José Almeida já instala as caixas com as abelhas em sua propriedade para aproveitar a época da florada. Ele investe em mel há oito anos, produzindo por safra cerca de 1,5 mil quilos. No início de cada florada, principalmente do eucalipto, a produção aumenta.

Na apicultura tradicional, o produtor colhe o mel apenas uma vez por ano, sendo cerca de 15 quilos por colmeia. Já na apicultura migratória, ele pode conseguir até três vezes mais. O produtor garante que a prática gera diversificação na cor, no sabor e no cheiro do mel.

– Cada florada tem uma importância, o mel do eucalipto tem um sabor diferenciado, muito bom. São de 10 a 15 quilos na apicultura fixa e de 30 a 35 quilos na apicultura migratória. O preço por atacado está entre R$ 7,40 e R$ 7,50 o quilo. Vale a pena continuar investindo – conclui José Almeida.

O apicultor Sérgio Bronzi se dedica à apicultura há 25 anos, e também aproveita as mudanças das floradas no Cerrado para melhorar a produtividade. Das 200 colmeias, 78 estão produzindo de 25 a 30 quilos de mel cada uma. Com a apicultura migratória, a produção mais que dobrou.

– Aumentei em muito a produção. Tenho a apicultura fixa e a migratória, e a diferença é muito grande – destaca o produtor.

A produção de mel, em Araguari, é de sete toneladas por ano. Para impulsionar a atividade no município, a Emater realiza doações de kits para apicultores familiares, com roupas, fumegador, caixas e esquadros.

– Também temos programas e créditos para os apicultores desenvolverem a atividade ou para quem quer começar, e esse tipo de apicultura tem mostrado bons rendimentos – pontua o engenheiro agrônomo da Emater de Araguari André Luiz de Figueiredo Campos.

As caixas ficam em locais onde não há movimento de pessoas e longe de residências, justamente para evitar acidentes. Em alguns casos, os produtores, que emprestam as áreas das lavouras pedem dois quilos de mel por colmeia, já outros nem cobram.

• Veja a reportagem completa:

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