– O calor foi muito intenso. Aqui na nossa granja chegou a fazer 35 graus. Para as aves já é muita coisa. Perdi muitos animais por causa da temperatura – lamenta o produtor Douglas Kumano.
Segundo Kumano, mais de mil aves não resistiram, cerca de 5% da produção. O preço também não ajudou e a caixa com 30 dúzias estava sendo vendida a R$ 41. Só no mês de março, a situação começou a melhorar, e o preço quase dobrou. A caixa está sendo comercializada por R$ 75, R$ 5 a mais do que no mesmo período do ano passado. De acordo com o produtor, o valor não foi suficiente para superar os prejuizos do início do ano.
– Ainda estamos em recuperação. Todas aquelas aves que morreram deixaram um espaço vazio. Agora estamos repondo tudo devagar. Vai demorar mais cinco meses para normallzar tudo – explica Kumano.
De acordo o diretor do Instituto Ovos do Brasil, Rogério Belzer, passando a quaresma, o mercado deve mudar novamente.
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– Passando a Páscoa a gente começa a ter diminuição na demanda e a oferta acima da demanda. Estes ajustes fazem que naturalmente os preços caiam um pouquinho também. Ao longo do ano, e normalmente nesta época, a gente tem os melhores preços para os ovos – disse.
• Preços dos ovos sobem 43,6% só em fevereiro
Já na região oeste do Estado, as cotações dos ovos, que vinham se sustentando na maioria das regiões pesquisadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), recuaram, principalmente as do ovo vermelho. Segundo colaboradores do Cepea, a demanda no varejo tem diminuído, o que fez com que atacadistas pressionassem avicultores para adquirir o produto a valores menores.
Ao mesmo tempo, a oferta ainda é considerada restrita nas granjas, o que limita os recuos. Quanto ao ovo do tipo extra, vermelho, para retirar em Mirandópolis/Guararapes, a cotação média da caixa com 30 dúzias foi de R$ 89,92 na sexta, 10, valor 3,4% inferior ao da sexta passada.
