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Produtores do Rio Grande do Sul pedem liberação de trigo para alimentação animal

"Ou acontecem leilões, ou buscamos suprimento de milho fora do Estado", afirmou diretor do Sindicato da Indústria de SuínosLideranças ligadas aos setores produtivos de suínos, aves e grãos do Rio Grande do Sul estiveram reunidas nesta quarta, dia 1º, com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado, Luiz Fernando Mainardi, com o objetivo de retomar o debate sobre a possibilidade de fornecimento de trigo para alimentação animal, frente à redução da oferta de milho por causa da estiagem.

– A questão é que está faltando milho e tem trigo sobrando – disse o secretário. Ele afirmou ainda ser necessário avançar no que diz respeito à questão das cotas de exportação do cereal, procurando alternativas que dêem mais previsibilidade. – É preciso garantir o trigo no mercado interno e então pensar em outros usos para ele. Isso vale para o arroz também – declarou Mainardi.

O diretor do Sindicato da Indústria de Suínos (Sips), Rogério Kerber, disse que, caso o cenário de alta dos preços do milho e baixa oferta persista, as atividades produtivas, tanto de frangos como de suínos, começarão a sofrer as consequências.

– Ou acontecem leilões, ou buscamos suprimento de milho fora do Estado – disse o dirigente.

Durante o encontro, ficou definido que, nos próximos dias, será encaminhado um documento ao governador do Estado, Tarso Genro, e ao Governo Federal com solicitações referentes à realização de leilões PEP e à possibilidade de estabelecer políticas definidas desses pregões.

Também constará no documento o pedido de liberação de 500 mil toneladas de trigo destinadas à nutrição animal.

– Queremos dar maior agilidade a esse processo, levando nossas demandas ao governo federal – disse o secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze.

Também foram pontos de pauta as possíveis parcerias comerciais que o Rio Grande do Sul pode estabelecer com países da África. Especialistas traçaram um cenário da situação de crescimento econômico de países como Moçambique, Angola e África do Sul e o consequente aumento da demanda por alimentos.

– No ano passado, realizamos uma missão para algumas localidades da África para identificar que alimentos os gaúchos poderiam comercializar com o intuito de suprir as necessidades daqueles países – disse o diretor administrativo do BRDE, José Hermeto Hoffmann. Entre os produtos que teriam ótima aceitação no mercado africano estão o arroz, a farinha de trigo, carne de frango e de suíno.

Em relação à exportação de carne suína, diretor do Sips disse que o Rio Grande do Sul tem condições de produzir para exportar, pois tem sanidade e carne de qualidade. O diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo dos Santos, disse que o setor de aves já exporta para a África e ressaltou que aquele mercado vê com simpatia o produto agrícola brasileiro.

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