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Produtores de suínos sentem os primeiros efeitos da crise na Ucrânia

Mas presidente da Acsurs, Valdecir Folador, acredita que parada nos embarques seja curtaA Rússia e a Ucrância são os principais importadoras da carne suína gaúcha. De acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, já é possível sentir os primeiros efeitos da crise envolvendo os dois países. No mercado interno, apesar da queda nos preços do suíno vivo, a tendência é de alta para as próximas semanas.

Em janeiro, as exportações brasileiras de carne suína in natura tiveram redução de 6,4% sobre o volume exportado no mês anterior. Na comparação com janeiro de 2013 a quera é ainda mais expressiva: 15,6%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio (Secex). O mercado aguardava uma recuperação a partir de fevereiro, mas a crise na Rússia e Ucrânia frearam esta expectativa.

– A indústria já sente alguns reflexos porque Rússia e Ucrânia são os dois principais países importadores. Em 2013 eles lideraram o ranking. Estive conversando com alguns frigoríficos que têm habilitação pra exportar para estes dois países e eles me disseram que os embarques que estavam prontos, apenas esperando autorização, estão parados – diz Folador.

A pausa nos embarques para estes dois países tende a pressionar ainda mais o preço do suíno vivo para baixo. No mercado interno, os preços dos suínos vivos recuaram em torno de 20% para o produtor em janeiro e fevereiro, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), uma queda comum para esta época do ano. Mas, mesmo com a queda, os preços estão maiores do que no mesmo período de 2013 – no Rio Grande do Sul, a cotação na última semana de fevereiro foi 7% maior que no mesmo período do ano passado.

– O produtor ainda está em vantagem com preços acima do ano passado, e tivemos um janeiro atípico, com os preços de novembro e dezembro mantidos – diz Folador, acrescentando que acredita em poucos dias a paralisação nos embarques para Rússia e Ucrânia deva se resolver.

Mesmo assim, a queda nos preços preocupa, pois os custos de produção estão aumentando, seguindo a alta do milho e do farelo de soja. No Rio Grande do Sul, a saca de milho está em R$ 24,50 e o farelo de soja à vista R$ 1.273,33 a tonelada. Além disso, Folador diz que grande parte dos produtores e integradoras gaúchos estão se estocando milho para se protegerem de uma possível quebra de segunda safra de milho.

O início da quaresma, quando o consumo de carne diminui, também tende a pressionar o preço para baixo. Segundo o presidente da Acsurs, a queda só não será maior porque a oferta e a demanda estão muito ajustadas. Valdir Folador diz que os produtores esperam que haja uma tendência de alta nas próximas semanas por conta desse ajuste da demanda.

– Isso ainda é decorrência da forte crise sofrida pelo setor em 2012 e no primeiro semestre de 2013. Houve redução de plantel e produtores deixando a atividade, não houve crescimento da suinocultura em 2013, em termos de volume de produção de carne houve até decrescimento. O volume de abetes não chegou a 1% mais que no ano anterior. Mas é importante termos este ajuste entre oferta e demanda para não produzir mais do que o mercado têm capacidade de absorver – avalia Folador.

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