Segundo o presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre, Cléber Vieira, a incidência tem aumentado. Vieira relata, no entanto, que, graças à vacinação antecipada, não há relatos de morte de animais.
– Apesar de estarmos fazendo junto com a prefeitura de Porto Alegre um trabalho de vacinação gratuita contra a raiva e a leptospirose para todos os produtores, nestas 33 propriedades onde tivemos grandes ataques, felizmente nós fizemos a vacinação e revacinamos e não tivemos problemas. Mas estamos preocupados, pois tem aumentado a incidência da mordida do morcego. E se estão contaminados ou não, as autoridades precisam averiguar ? afirma.
A Inspetoria Veterinária de Porto Alegre está trabalhando para identificar possíveis casos. Conforme o médico veterinário da Secretaria da Agricultura do Estado, Honório Franco, os levantamentos de prováveis locais com a presença de morcegos foram feitos, mas nenhum animal foi encontrado. Ele recomenda que os criadores entrem em contato com as autoridades em caso de suspeita do ataque de morcegos ao rebanho.
– Sempre que houver indicação da mordedura do morcego, é preciso entrar em contato com a Inspetoria Veterinária. Assim que possível a secretaria faz uma visita ao local para ver o que está acontecendo e para tomar as medidas necessárias. Recomendamos que, quando a ocorrência é grande, que se faça a vacina contra a raiva, tanto em bovinos quanto em eqüinos ? alerta.
O último grande surto de raiva bovina na Capital aconteceu em 2009, quando cerca de 150 animais morreram em virtude do ataque de morcegos.