Segundo o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Walter Baylão Júnior a região tem capacidade para aumentar a bacia leiteira. O superintendente do Sistema Nacional de Aprendizagem no Rural em Goiás, Marcelo Martins, explicou aos pecuaristas como funciona o programa. São 14 grupos no Estado que trabalham com este sistema. Segundo ele, o objetivo é capacitar instrutores locais para que eles possam transferir conhecimento aos pecuaristas, nas áreas de gestão e tecnologia.
O pecuarista Carlos Sobrinho dobrou sua produção com o seu rebanho formado por 21 vacas. Os 120 litros diários se transformaram em 300. O aumento da produção leiteira só foi possível por meio do programa Balde Cheio. Com a ajuda de especialistas, o pecuarista de Santa Helena, no interior de Goiás, aliou tecnologia à disciplina. Adubou o pasto, irrigou a área da maneira certa e dividiu a propriedade em lotes.
O produtor diz que não bastou receber as instruções, foi preciso colocar em prática. Na fazenda todos trabalham e tudo que é realizado é anotado nas planilhas. São dez pastas que contêm informações desde o dia que venderam um bezerro, como por exemplo, quantos litros usaram para no consumo da família. Segundo Sobrinho, é gratificante ver todas as mudanças que aconteceram.
Uma das alterações que o pecuarista realizou na propriedade foi em relação a localização dos bebedouros. Antes eles ficavam longe do pasto, o gado ia beber água e às vezes tinha preguiça de voltar. Agora a água fica perto do rebanho. De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor Eduardo Hara, o produtor recebe as instruções e tem obrigações a cumprir.