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Programa incentiva produção de leite orgânico no interior de São Paulo

Além de aprender as técnicas, produtores recebem acompanhamento de profissionais e garantem boa renda com o produtoA Fazenda Toca, localizada no interior de São Paulo, criou um projeto para capacitar pecuaristas a produzir leite orgânico. Além de aprender as técnicas, eles recebem acompanhamento de profissionais e garantem boa renda por pelo menos um ano.

O produtor rural Junior Saldanha sempre gostou de plantar orgânico na sua propriedade em Itirapina, a 214 quilômetros da capital paulista, mas isso nunca foi o foco principal dele, que é produtor de leite. Há apenas quatro meses resolveu investir em algo que pode mudar o ritmo da fazenda e apostou na produção de leite orgânico.

– Desde o início, quando começamos com a produção de leite, há nove anos, a gente sempre gostou de pasto e do bem estar animal. Porém, nunca tinha pensado em vender orgânico porque achávamos que não tinha mercado – disse o produtor.

Para se tornar um produtor de leite orgânico, Saldanha passou por um programa de incentivo a produtores. No projeto, ele aprendeu as técnicas de produção e teve que adaptar toda a fazenda. O produtor teve que abandonar o uso de agrotóxico nas áreas de milho e soja. Agora tudo é natural e ele está percebendo melhoras na produção.

Para conseguir o selo de orgânico no leite produzido, a ração, o pasto e até os medicamentos dados aos animais precisam ser naturais, sem o uso de substâncias químicas. Faltam apenas seis meses para Saldanha conseguir provar que produz o leite desta forma.

– Estamos no meio do caminho da conversão. É custoso para nós produtores que estamos produzindo orgânico. É mais caro para produzir e ainda estamos recebendo pelo leite convencional. Acredito que quando a gente conseguir o selo de conversão, a gente consiga sorrir um pouco – diz Saldanha.

Todo o processo é acompanhado pela pesquisa da Fazenda Toca, que criou o projeto. A fazenda produz o próprio leite e recebe de produtores interessados em investir no sistema natural. O leite é recebido e pode ser transformado em diversos outros produtos, como iogurtes e queijos. Para produzir um leite orgânico, o produtor precisa investir mais, é o que afirma o gerente de pesquisa e desenvolvimento da fazenda orgânica, Richard Bryan Charity.

– Toda a economia de escala, moderna por mais convencional que seja o produto, obedecem a um processo de escala. O orgânico, como produz em escala reduzida, não tem carretas para entregas e produção nas grandes cidades. Como não tem a grande escala, naturalmente o preço do produto acaba ficando mais caro. Acredito que com o tempo, aumente a competitividade com o convencional – salienta o gerente.

De acordo com Charity, um produtor de leite convencional ganha em média de R$ 0,80 a R$ 0,90 por litro de leite produzido na região. Com o orgânico, os ganhos podem subir de R$ 1,10 até RS 1,20. A fazenda disponibiliza a garantia de preço por um ano e ainda coloca um consultor para acompanhar a produção diretamente nas propriedades de leite. Mesmo com bons resultados e preço melhor, muitos produtores ainda tem medo de investir no negócio.

– O produtor está entrando, tendo interesse, vendo o potencial, mas está esperando alguém fazer para comparar. Só um exemplo: estamos com 20 candidatos no nosso programa de leite orgânico e desses 20 apenas quatro manifestaram interesse de entrar. Estamos trabalhando com eles, devagar, passo a passo, mas é assim que se cresce – conclui.

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