Na região de Orlândia, no Estado de São Paulo, dos 12 municípios que o projeto abrange, apenas quatro propriedades têm o certificado do programa. Uma delas é a fazenda Santana da Estiva, no município de Morro Agudo, no norte de São Paulo, duas pequenas marcas no pescoço de todos os animais chamam a atenção. O pelo raspado tinha uma razão importante. Era dia de teste de tuberculose e também de coleta de sangue para exame de brucelose.
Os dois exames são feitos anualmente para revalidar o certificado que a fazenda recebeu em maio de 2009, documento que é um dos grandes orgulhos de Maria Beatriz e Francisco Marcolino, os donos da propriedade. O certificado é emitido pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação de Tuberculose e Brucelose Animal, do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento. Se um único animal apresentar sinais de alguma das doenças, a fazenda tem o certificado suspenso. Se em um próximo exame der positivo novamente, o documento é caçado.
Para entrar no programa e receber o certificado, a propriedade precisa apresentar três exames negativos para as duas doenças num período mínimo de nove meses. O programa adota procedimentos diferentes para as propriedades de gado de corte e de leite. Para o gado de leite, o rebanho inteiro precisa ser examinado, tanto para receber, como para manter o certificado. Já para o gado de corte os exames são por amostragem e a propriedade recebe um atestado de monitorada para as duas doenças.