A projeção de março para o Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP) do ano ficou em R$ 512,9 bilhões. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, se confirmados, significam que a receita do produtor rural em 2016 será 0,1% menor que a registrada em 2015 e 0,88% inferior a do que era esperado até fevereiro.
Apenas a agricultura irá somar R$ 336,6 bi, com alta de 1,8% frente a 2015; a pecuária, em contraponto, soma R$ 176,2 bi, com queda de 3,3% frente ao ano passado. O ministério alertou que os dados para a pecuária são preliminares, já que parte dos números usados para o cálculo é referente a 2015.
Para o milho, a expectativa é de que o VBP some R$ 45,08 bilhões, o que representa uma alta de 5,8% em comparação com 2015. Os dados usados para o cálculo, segundo a Pasta, mostram que o preço médio do grão subiu 8,2% já descontado a inflação. No caso da soja, o VBP deve ficar em R$ 119,8 bilhões, com alta de 8,4% comparado ao ano passado – os preços para este produto também subiram, registraram alta de 5%. O algodão em caroço soma R$ 13,3 bilhões, número que leva a uma queda de 1,8% em relação a 2015. Os preços do produto, no entanto, subiram 2,3%
Na pecuária, a receita de bovinos deve somar R$ 74,1 bilhões (queda de 0,9% ante 2015), com redução de preços de 0,9%. Para o frango, o VBP ficou em R$ 51,2 bilhões, com queda de 1% na comparação anual e também recuo de 1% no preço. Já os suínos, somaram R$ 13,7 bilhões; queda de 9% em relação a 2015 e recuo de 9% nos preços.
No grupo de produtos que vêm obtendo melhor resultado neste ano, informou o ministério, se destacaram a banana, com aumento real do VBP de 18,5%; a batata-inglesa (+12,7 %); café (+ 17,9%); feijão (+5,2 %); mamona (+25,8%); milho (+5,8%); pimenta do reino (+8,9%); soja (+8,4%); trigo (+10,3 %) e maçã (+11,2%).
Os itens com maior redução no BP foram algodão (-1,8%), arroz (-8,6%), cana-de-açúcar (-3,2 %), cebola (-6,6 %), fumo (-26,9 %), laranja (-11,4%), mandioca (-6,9%), tomate (-43,3%) e uva ( -24,9%). “Esses resultados ocorrem devido aos efeitos de preços ou quantidades produzidas, ou ainda pelo efeito de ambos”, informou o ministério.
Por região, a liderança ficou com o Sul, com R$ 148,0 bilhões. A lista segue com Centro-Oeste (R$ 144,4 bilhões), Sudeste (R$ 134,8 bilhões), Nordeste (R$ 48,8 bilhões) e o Norte (R$ 29,6 bilhões).