Além de Londrina, outras 16 cidades do Paraná receberam um caminhão. São municípios onde a pesca é importante para a economia local. Só no norte do Estado, mais de cem pescadores e produtores rurais que estão na atividade vão ser beneficiados.
Muitos trabalham no sistema de tanques, dentro das propriedades. Londrina tem 22 produtores ligados à Associação Norte Paranaense de Aquicultores (Anpaqui). O município não tem tradição na atividade pesqueira, mas a presidente da Anpaqui, Petra Maria Wagner, acredita que a organização da categoria facilitou a aprovação do projeto em Brasília.
? Hoje a gente vende praticamente para pesque-pagues e frigoríficos, abatedouros. Um canal de comercialização direta ao consumidor é um canal diferenciado ? disse a presidente.
Esta foi a primeira semana de vendas, mas a procura foi acima da expectativa, tanto da Anpaqui como da prefeitura, que são parceiras na manutenção do caminhão.
? No primeiro dia, vendemos 40 quilos. No segundo, 175 quilos de peixe. Isso é muito importante. Pretendemos ainda trabalhar com cursos, ensinando como preparar o peixe e como acondicionar, por exemplo. Vamos levar esses cursos inclusive para a comunidade ? garantiu a secretária municipal de Agicultura e Abastecimento de Londrina, Marisol Chiesa.
Só as escadas para se chegar ao balcão do caminhão foram um problema. Com uma população cada vez maior de idosos, é preciso diminuir os riscos.
? Eu mesma subo com o maior cuidado. Porque, se cair, já viu, né? Complica tudo! ? contou a aposentada Benedita Ananias Garcia.
A Anpaqui e a prefeitura, responsáveis pela manutenção do caminhão do peixe em Londrina, informaram que estão estudando uma solução de acesso mais segura para os consumidores.