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Projeto em Goiás incentiva uso da irrigação nas pastagens

Tecnologia apresenta resultados e elevou a produtividade do rebanhoEm Morrinhos, sul de Goiás, o Projeto Balde Cheio incentiva o uso da irrigação nas pastagens para alimentar o gado. Aliado ao sistema de pastejo rotacionado e uso do capim mombaça nos piquetes, a tecnologia elevou a produtividade do rebanho.

A fazenda do produtor Antônio Eduardo Sobrinho foi a primeira a se beneficiar do projeto que permite ao produtor da agricultura familiar do município adquirir kits de irrigação. São 20 hectares para um rebanho de 60 vacas, esse é o tamanho médio das propriedades cadastradas para adquirir a tecnologia através da cooperativa.

Os técnicos da cooperativa decidiram mostrar a experiência da fazenda com a irrigação e uso do capim mombaça em um Dia de Campo. A ideia é elevar a produção média de leite do rebanho da agricultura familiar de 5 para 20 quilos.

? Tivemos um aumento entre 25 a 35% e queremos chegar a 40%. Eu tirava entre 75 a 80 litros, hoje eu estou tirando de 190 a 200 litros ? conta.

Para conseguir isso, os técnicos acrescentaram o sistema rotacionado, com a correção do solo e uma boa adubação. A área irrigada respondeu melhor com um capim mais nutritivo. No período de seca no Centro-Oeste, a capacidade de suporte do capim cai até 50%, e no caso do uso do mombaça a experiência deu mais resultado.

? Uma área de 1,8 mil hectares está sendo irrigada e foi dividida em 24 piquetes de 275 metros quadrados cada um. Nesta área, no período das águas, estamos colocando seis vacas pra pastejar, pra comer bem. Ela é capaz de produzir, dentro desse sistema, entre 10 e 11 litros só com o sistema de pastejo rotacionado ? explica o técnico em agropecuária Jurandir Cardoso de Oliveira.
 
Em pequenas áreas a implantação do projeto fica mais fácil e pode ter um custo menor. No caso de uma propriedade de 1,8 mil hectares, o investimento é de R$ 5 mil, dentro do Programa Balde Cheio.

? Se temos uma área que é perto da fonte de água com certeza ele vai ficar mais barato, se ele é longe vai ficar mais caro. Isso também acontece dependendo do desnível da área ? ressalta o tecnólogo em irrigação Ricardo Marques Viegas.

A Cooperativa Complem de Morrinhos, acredita que a tecnologia vai abrir uma nova fase para a pecuária leiteira da região.

? O objetivo é ajudar os que estão na atividade e tentar alguns que já pararam, e estão com a propriedade em outra atividade, e fazê-los conhecer o que há de moderno na produção de leite e as vezes voltar. Nós queremos multiplicar essa tecnologia ? afirma o presidente da Complem, Joaquim Guilherme Barbosa.

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