Na fazenda do produtor Antônio Ferreira Pinto tirar o leite manualmente acontece apenas para relembrar o passado. A ordenha adquirida há menos de dois anos agilizou o trabalho. O pequeno pecuarista e a família de Quirinópolis, no interior de Goiás, cresceram muito nos últimos 10 anos. O rebanho que era formado por três amimais, agora ultrapassa 80. A produção leiteira está 30 vezes maior.
A meta é retirar mil litros por dia. As chances de crescer vieram por meio do projeto Sinergia, que nasceu dentro de uma cooperativa há quase 10 anos. Hoje a gestão está com os produtores, que recebe o apoio do Instituto Casa da Abelha.
Segundo o técnico do Instituto, Alex José Gonçalves o projeto trabalha em várias áreas e reúne os produtores uma vez por mês. Ao todo 15 técnicos entre zootecnistas, veterinários e agrônomos, bancados pelo Sebrae, assessoram quase 200 famílias. A prefeitura do município também apoia.
O pecuarista Antônio nem se imaginava na frente de um computador, mas todos os custos de produção saíram do papel e foram a tela. Com a ajuda do técnico fica mais fácil perceber perdas e lucros.
Na propriedade do técnico em agropecuária Flávio Ferreira o trabalho é divido, envolve todo o grupo e familiar e melhorou muito com investimento em qualificação. Ele fez residência na Embrapa, recebeu proposta de emprego, mas decidiu voltar para casa.
Flávio implantou há poucos dias um sistema de irrigação de pastagens. Ele irá economizar cerca de R$ 1400 por mês em ração.
Eliane Rodrigues é outro exemplo de sucesso. Em 2005 a fazenda produzia cerca de 100 litros de leite por dia. Depois que passou a fazer parte do projeto as coisas mudaram. A produção aumentou para 700 litros em média.